Brasileiro prefere fazer compras em marketplaces, diz estudo
Frete e o prazo de entrega são fatores de decisão de compra, explica especialista
Tudo a um clique de distância. Essa é a principal comodidade das compras online: adquirir um produto ser sair de cada e com apenas um clique. Mas, dentre as opções disponíveis na internet, qual é a preferida dos brasileiros? De acordo com uma pesquisa realizada pela All in, em parceria com Opinion Box, a resposta são os marketplaces.
Segundo o levantamento, 47% dos consumidores confiam mais em marketplaces do que em ferramentas de buscas, como Google, Bing, Brave, DuckDuckGo e Yahoo.
“O frete grátis e o prazo de entrega rápido são os fatores de decisão de compra que mais permeiam as vendas nesse setor”, diz o especialista pioneiro no segmento, Alex Moro, que hoje está à frente do Efeito Empreendedor, primeira escola online de marketplace do país, com mais de 17 mil alunos.
Emtrega rápida e boa reputação
Na pesquisa, os marketplaces foram citados como preferência pelos consumidores brasileiros por conta de elementos como: o fácil acesso a produtos, a confiança em melhores preços, entrega e boa reputação. E para o especialista no segmento, a logística é o que mais faz diferença na hora da decisão da compra online.
“Se antes o brasileiro esperava 10 ou 15 dias para receber os produtos comprados pela internet, hoje as coisas mudaram tanto que algumas lojas entregam no mesmo dia. Um dos maiores fatores de decisão de compra é o frete e o prazo de entrega. Se um cliente compra hoje pelo site ou aplicativo de um marketplace, com frete grátis, quem paga esse frete não é o vendedor, nem o comprador, é o próprio marketplace, que toma prejuízo para fidelizar os clientes, gerando a entrega mais rápida”, diz Moro.
“Antes, o Mercado Livre era o maior cliente dos Correios. Mmas sendo uma estatal, sua logística não podia suportar uma empresa desse porte. Com isso, o Mercado Livre acabou criando uma frota e uma logística própria. O grande apelo do site atualmente é o ‘Chegará Hoje’, são as entregas Full”, comenta Alex Moro.
Projeções continuam otimistas
Os números seguem otimistas para as projeções de vendas nesse mercado. Segundo um estudo feito pela Mirkal, a presença de compra e venda em marketplaces, no Brasil, tem crescido no decorrer dos últimos anos, com um destaque maior depois da pandemia.
Em paralelo a esse dado, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, em parceria com o Instituto Qualibest, realizou uma pesquisa em janeiro de 2023, onde 98% dos consumidores ouvidos analisam os preços antes de comprar itens de moda.
Dentre os entrevistados, 40% têm o hábito de revisar antes de comprar acessórios, calçados e peças de vestuário em sites de busca, seguido por 22% em marketplaces. E mais: para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), o segmento de e-commerce cresceu em seis meses o equivalente a seis anos, acelerando o crescimento e a digitalização na casa dos consumidores.
Não existe ex-internauta
“Até hoje, eu não conheci nenhum ‘ex-internauta’. A partir do momento em que uma pessoa tem uma boa experiência de compra online, ela vai voltar a comprar no digital e isso se torna um ciclo. Além disso, na internet é possível encontrar produtos específicos e facilidade de acesso, sem precisar se deslocar, pegar um transporte, ir até um centro comercial, enfrentar filas, se desgastar, e muitas vezes, sem encontrar o que deseja nessas lojas físicas”, diz o especialista.
“É mais provável que o comprador encontre online exatamente o que está procurando do que nas lojas físicas, podendo comparar modelos e valores, além de adquirir exatamente o que quer antes de precisar sair de casa. Já em uma loja física, o consumidor acaba caindo na pressão do vendedor para adquirir o produto e comprando por emoção”, explica Moro.
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