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Brava Energia (BRAV3): Ações afundam 10% com paralisação de produção

19 set 2024 - 16h26
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Enauta (ENAT3)
Enauta (ENAT3)
Foto: Suno

As ações da Brava Energia (BRAV3) - companhia que resulta do M&A entre Enauta e 3R Petroleum - afundam mais de 10% na bolsa de valores nesta quinta-feira (19).

As ações da Brava caem por conta de uma novidade vista como negativa pelo mercado, de que a companhia prorrogou o período de parada em um de seus campos de produção.

Conforme o fato relevante da empresa, ocorrerá manutenção no FPSO Papa-Terra que estava previsto para os próximos meses - assim, a retomada da produção foi remarcada para início de dezembro.

Desde 4 de setembro a produção do Papa-Terra está interrompida, devido medida da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A agência pediu, à época da solicitação, esclarecimentos sobre a manutenção do ativo e o número de pessoas a bordo.

Analistas da XP destacam o evento como negativo para BRAV3.

"Na nossa visão, o anúncio de um prazo é bem-vindo, uma vez que atenua alguma incerteza. No entanto, acreditamos que a parada é mais longa do que o mercado tinha inicialmente previsto. Além disso, acreditamos que o mercado continuará a avaliar o risco de atrasos adicionais", diz a casa.

"Na nossa opinião, a retomada da produção em Papa-Terra e o início da FPSO Atlanta são os principais fatores de criação de valor e de crescimento da produção da Brava. Ambas as vantagens devem materializar-se num prazo relativamente curto, com a Papa-Terra em dezembro e o primeiro petróleo da FPSO Atlanta, acreditamos, entre o final de outubro e novembro", completa.

Especialistas do Bradesco BBI também apontaram que o prolongamento do período de parada frustrou o mercado.

Veja o fato relevante da Brava Energia

No documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a companhia disse: "Após a parada de produção programada iniciada no dia 27 de julho, a produção foi reiniciada no dia 29 de agosto e estabilizada em 15 mil barris por dia através de seis poços (PPT-12, PPT-16, PPT-17, PPT-22, PPT-37 e PPT50). A pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ("ANP"), a Companhia interrompeu a produção no dia 04 de setembro para prestar esclarecimentos sobre a quantidade de pessoas a bordo e sobre atividades de manutenção".

"Nesse contexto, a Companhia optou por avançar em itens de inspeção e manutenção que estavam previstos para os próximos meses, mantendo as unidades em parada programada, de modo a maximizar a segurança operacional do ativo", completou a Brava Energia.

Suno
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