Brics: empresários vão sugerir transação em moeda local
Na avaliação dos executivos dos cinco países, conversão ao dólar torna transação mais onerosa
No documento que o conselho empresarial do bloco emergente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) entregará aos chefe de Estados e de governo amanhã, uma das propostas será a de que os países-membro do bloco façam transação comercial sem necessidade de conversão ao dólar. Na avaliação dos executivos dos cinco países, esse tipo de transação se torna mais onerosa quando há dupla conversão.
“A proposta de troca de moedas visariam fazer uma remessa para não converter em dólares provocando custo de operação”, explicou o presidente do conselho do Brics, Rubens de la Rosa. Ele acrescentou que a proposta seria para “qualquer troca de moeda”, ou seja, investimento, comércio exterior, dentre outros. “Tudo o que signifique dinheiro conversionado”, resumiu.
O documento completo com uma série de propostas do setor produtivo será entregue amanhã durante a reunião dos chefes de Estado e de governo dos cinco países-membros. O detalhamento será divulgado amanhã, mas de la Rosa antecipou que temas como facilitação de vistos, padronização técnica de equipamentos e comunicação facilitada estarão entre os temas propostos.
A reunião empresarial ocorre em paralelo à cúpula de ministros e de chefes de Estado e de governo do Brics em Fortaleza. Com 700 participantes, o evento tem como objetivo aumentar a interação econômica e empresarial entre os países-membro.