Brincar com Barbie atrapalha carreira, diz estudo
Meninas podem se ver com menos opções de profissões que os meninos
Um estudo publicado pela revista americana Fast Company apontou que brincar de Barbie não afeta apenas a percepção sobre uma imagem feminina ideal nas meninas, mas também suas aspirações de carreira. O objetivo dos pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon e da Universidade da Califórnia foi compor a primeira tentativa de quantificar como a boneca tem influenciado as ideias sobre o futuro nas meninas.
No total, 37 meninas com idades entre quatro a sete anos brincaram por cinco minutos com um dos três brinquedos: uma Barbie médica, uma Barbie modelo ou uma Senhora Cabeça de Batata. Após o período, foram mostradas dez fotografias de várias profissões, e as crianças apontaram quais daquelas funções elas poderiam fazer no futuro e quantas elas pensavam que meninos poderiam fazer.
As meninas que ficaram com a senhora Cabeça de Batata acreditavam que poderiam ter mais profissões que são compartilhadas também pelos meninos. Já aquelas que tinham brincado com a Barbie, não importando se ela estava vestida como uma médica ou uma modelo, se viam com menos opções de carreira que os meninos.
Desde a sua criação, há 55 anos, a boneca tem sido alvo de críticas por conta das proporções do corpo da personagem e os efeitos negativos deste "modelo" que já levou a pelo menos um caso trágico de uma mulher que, literalmente, tentou se transformar na boneca . No mês passado, a designer-chefe da Barbie defendeu as medidas da boneca em uma entrevista.