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Caixa adere à política industrial e vai emprestar R$ 63 bi

Alckmin anunciou entrada do banco estatal na Nova Indústria Brasil (NIB) nesta quarta-feira, 30, e afirma que crédito não terá custo para o Tesouro Nacional

30 out 2024 - 15h23
(atualizado às 16h11)
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BRASÍLIA - O governo Lula anunciou nesta quarta-feira, 30, que a Caixa vai emprestar R$ 63 bilhões seguindo os parâmetros da política industrial oficial, a Nova Indústria Brasil (NIB). Com isso, o volume de empréstimos voltados para a política industrial governamental chegará a R$ 405 bilhões até 2026, somando linhas de crédito oferecidas no BNDES, na Embrapii e na Finep, além dos bancos regionais de fomento BNB (Nordeste) e Basa (Amazonas).

O vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, afirma que o financiamento oferecido pela Caixa não contará com subsídios do Tesouro Nacional, ou seja, o banco oferecerá financiamento com taxas de juros de mercado. O banco concentrará o financiamento para indústrias exportadoras e em empreendimentos que podem ser enquadrados como verdes.

Lula e Alckmin durante evento da política industrial oficial no Palácio do Planalto
Lula e Alckmin durante evento da política industrial oficial no Palácio do Planalto
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

"Não existe mais TJLP, é TLP, é taxa de mercado", afirmou Alckmin. "A única linha que tem subsídio é para inovação, que é corrigida pela TR, e é (operada) pelo BNDES, Embrapii e Finep de R$ 66 bilhões. Como é pesquisa e desenvolvimento vai dar juro real próximo de zero. O restante é mercado", afirmou Alckmin.

O Palácio do Planalto organizou um evento de grandes números nesta quarta-feira, 30, e convidou representantes de importantes setores industriais para anunciar investimentos privados de R$ 1,6 trilhão, que estariam em curso, em razão do sucesso da política industrial governamental.

Durante seu discurso, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco emprestou 59% do volume de recursos reservados pela instituição para impulsionar a NIB.

"Haddad, vamos precisar de mais dinheiro. Estamos com o pé no acelerador", afirmou Mercadante para o ministro da Fazenda, que também participou do evento.

O governo federal conta com os dividendos pagos pelo banco para o ajuste das contas públicas, e um crescimento mais forte dos financiamentos reduz os ganhos da instituição.

Alckmin afirmou que as Letras de Crédito para o Desenvolvimento, uma nova fonte de recursos para a política industrial, deverá ser lançada em duas semanas. Ainda falta regulação por parte do Conselho Monetário Nacional.

A LCD será lançada por bancos de fomento, como BNDES, BNB e Basa, e poderá fazer com que esses bancos possam emprestar a taxas de juros 1 ponto porcentual abaixo das praticadas pelo mercado. Os bancos poderão emitir R$ 10 bilhões em LCDs por ano e há renúncia fiscal, uma vez que investidores recolherão pagarão Imposto de Renda.

Estadão
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