Caixa fala em 'efeito social' ao entrar no mundo das bets e prevê limitar apostas para evitar abusos
Banco pediu ao Ministério da Fazenda autorização para atuar com esse tipo de aposta esportiva e diz que loterias e bets não concorrem entre si
A Caixa Econômica Federal espera se tornar um dos principais agentes do mercado de apostas esportivas no País. A Caixa Loterias, subsidiária do banco que cuida das lotéricas, pediu ao Ministério da Fazenda autorização para atuar com esse tipo de aposta.
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"A entrada da Caixa no mundo das bets tem um efeito social importante", afirmou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em entrevista à imprensa sobre os resultados do banco no segundo trimestre. De acordo com ele, assim como nas loterias, o banco fará uma distribuição de recursos arrecadados a projetos sociais.
Vieira disse que o monopólio das loterias, conferido pela Constituição à Caixa, buscou justamente dar esse caráter social aos jogos. De acordo com ele, ao regulamentar as bets, o governo federal está chamando para si a responsabilidade de ditar as regras para esses jogos.
A Caixa ressaltou que terá uma supervisão aos jogadores, para evitar um abuso dos jogos. A presidente da Caixa Loterias, Lucíola Aor, afirmou que o banco colocará limites tanto de apostas quanto de uso, e se necessário, fornecerá supervisão ao apostador caso ele se vicie.
De acordo com ela, a atuação das loterias e das bets é complementar. "Esses não são mercados concorrenciais entre si", disse a executiva. Ela afirmou que a expectativa do banco é que a arrecadação com apostas esportivas seja equivalente à metade do que se arrecada hoje com a loteria tradicional.
Hoje com capital social abaixo do mínimo exigido pelo Ministério da Fazenda para atuar neste mercado, a Caixa Loterias deve se enquadrar nos índices mínimos dentro do prazo colocado pela pasta, de acordo com ela.