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Caminhoneiros e ANTT têm nova reunião sobre preço do frete

Há um grande impasse no governo sobre o assunto

9 jun 2018 - 11h52
(atualizado às 12h05)
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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes dos caminhoneiros marcaram para as 9 horas da segunda-feira, dia 11, uma nova reunião, de caráter técnico, para discutir o tabelamento do preço mínimo ao frete rodoviário. O assunto criou um grande impasse no governo, que, sob pressão, já editou duas versões da tabela dos preços. A segunda foi revogada horas depois de ter sido divulgada, na noite de quinta-feira, 7.

Caminhoneiros mobilizados no começo da greve
Caminhoneiros mobilizados no começo da greve
Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

A primeira atendeu os caminhoneiros, mas revoltou o agronegócio e a indústria, que falam em aumentos de até 150% nos preços e ameaçam travar a comercialização e até ir à Justiça para barrar o tabelamento. A segunda procurou aliviar o custo aos produtores, mas contrariou os caminhoneiros, por ter levado a um corte médio de 20% nos preços.

Mesmo irritados com a revisão, os caminhoneiros se propuseram a buscar uma composição de preços que seja boa para eles e para os usuários de seus serviços. Representantes da categoria estão reunidos neste sábado para fazer as contas e levar uma proposta à ANTT na segunda. O encontro é fechado e as entidades não divulgam nem o local da reunião. Eles dizem que querem evitar ruídos que possam prejudicar as negociações.

A ANTT já avisou que uma eventual terceira versão da tabela, que pode ficar pronta no início da próxima semana, será submetida a uma audiência pública que durará de 30 a 45 dias. Na mesa, há inclusive a proposta de se estipular preços diferenciados para os períodos de safra e de entressafra.

Enquanto continua o impasse, segue em vigor a primeira versão da tabela, editada no último dia 30 de maio, nos termos da Medida Provisória 832/2018, que instituiu a 'Política de Preços Mínimos de Transporte Rodoviário de Cargas', uma das principais reivindicações dos caminhoneiros dentro do acordo firmado com o governo para pôr fim à paralisação da categoria, que durou 11 dias, no fim de maio.

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