Caminhoneiros fazem protestos na BR-163 em Cuiabá e no Porto de Santos
Caminhoneiros realizam na manhã desta segunda-feira protestos na entrada do Porto de Santos (SP) e na BR-163, na região de Cuiabá (MT), importantes vetores para o escoamento da safra agrícola do Brasil.
Contrários à alta dos preços dos combustíveis, os caminhoneiros anunciaram ainda na sexta-feira que promoveriam atos nesta segunda.
Na BR-163, principal rota que liga áreas produtoras de grãos de Mato Grosso a terminais ao norte e sul do país, a manifestação ocorre na zona industrial de Cuiabá, segundo a assessoria de imprensa da concessionária que administra da rodovia. Apenas veículos de passeio são autorizados a passar.
Já no Porto de Santos, maior terminal da América Latina, há protestos na entrada das instalações. O movimento é pacífico, não reúne mais que 100 pessoas e não provoca interrupções no fluxo de carretas e outros veículos, disse a assessoria de imprensa da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Há ainda ao menos dois protestos na Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e também na Anhanguera, perto de Americana, no interior paulista, segundo as concessionárias responsáveis por essas estradas.
Procurada, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), que organiza a greve, não tinha de imediato um levantamento sobre todos os pontos com protestos no Brasil.
O movimento cobra do governo reduzir a zero a carga tributária sobre o diesel, principal combustível consumido no país.
Desde que a Petrobras implantou em julho passado um sistema de reajustes mais frequentes de preços dos combustíveis, para refletir cotações internacionais do petróleo e do câmbio, tanto o diesel quanto a gasolina tiveram aumentos de quase 50 por cento nas refinarias da empresa.
A greve dos caminhoneiros acontece enquanto a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa os donos de postos, apela por mudanças tributárias, afirmando que a política de preços da Petrobras está causando prejuízos ao setor.
A última vez que os caminhoneiros promoveram protestos em âmbito nacional foi no início de 2015, quando exigiram redução de custos com combustível, pedágios e tabelamento de fretes.