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Campos Neto detalha reunião com Lula e faz comparação com Bolsonaro em entrevista

Roberto Campos Neto teve a primeira conversa neste ano com presidente Lula após uma série de críticas de aliados do governo à atuação do BC

3 out 2023 - 12h57
(atualizado às 12h58)
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Foto: Reprodução: TV Globo

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre sua reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Ele também fez uma comparação entre a conversa com o mandatário petista e as reuniões que costumava ter com o ex-presidente Jair Bolsonaro

As declarações foram feitas durante entrevista no programa "Conversa com Bial", da TV Globo, que foi ao ar na madrugada desta terça-feira, 3.

O encontro, que durou 1 hora e meia, marcou o primeiro diálogo de Campos Neto com Lula neste ano, após uma série de críticas feitas pelo presidente e seus aliados à política monetária do BC. 

"O Lula gasta mais tempo prestando atenção no que você fala. Ele dedica mais tempo, tem mais paciência para as conversas. Bolsonaro era mais rápido. Eu sempre sabia que quando tinha uma conversa com Bolsonaro, eu tinha três minutos para falar alguma coisa. Depois dos três minutos ficaria mais difícil, porque ele ficava mais disperso", afirmou ao ser questionado sobre com quem ele teve maior facilidade de conversar.

A resposta foi considerada "diplomática" pelo apresentador Pedro Bial, que a caracterizou como "elogiosa" para o presidente Lula e "não tão elogiosa" para Bolsonaro. 

Em seguida, Campos Neto esclareceu que não tinha uma proximidade tão grande com Bolsonaro, mas que o ex-presidente dava "toda liberdade" e não interferia na autonomia da instituição.

"Bolsonaro sempre me deu toda liberdade, nunca tive nenhum problema. Nunca ligou pra reclamar de nada. Nunca interferiu em nada, zero. A gente, às vezes, escuta muito “ah, presidente autoritário”. Eu não era tão próximo, mas no que tangia ao meu trabalho, eu sempre tive liberdade total", completou. 

Campos Neto assumiu a presidência do Banco Central em 2019, e 2 anos após sua posse, a autonomia da instituição foi oficialmente regulamentada. Ele continuará no cargo até 31 de dezembro de 2024.

Fonte: Redação Terra
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