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Campos Neto diz que corte na Selic de 0,5 ponto porcentual é apropriado para próximas duas reuniões

Presidente do Banco Central afirmou que, no período, será possível avaliar o desenrolar do cenário global e o andamento de agendas importantes no Congresso

7 nov 2023 - 17h07
(atualizado às 18h50)
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Copom do Banco Central deve manter ritmo de corte na taxa de juros  
Copom do Banco Central deve manter ritmo de corte na taxa de juros
Foto: André Dusek / Estadão / Estadão

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 7, considerar apropriado o ritmo de cortes de 0,5 ponto porcentual da Selic nas próximas reuniões, como sinalizou o Comitê de Política Monetária (Copom).

"Temos visibilidade para as próximas duas reuniões", disse Campos Neto durante fórum de estratégias de investimento da Bradesco Asset e Bradesco Global Private. Nesse tempo, emendou, será possível avaliar o desenrolar do cenário global, como a desaceleração ou não da economia dos Estados Unidos no ritmo esperado e impactos da perda de tração da China no Brasil.

Será também monitorado o andamento de agendas importantes no Congresso, em especial o pacote tributário encaminhado ao Legislativo para equilibrar as finanças públicas.

Campos Neto avalia que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos segue favorável, contribuindo para um desempenho do câmbio relativamente estável na comparação com outros mercados emergentes.

Ele ponderou, porém, que se o prêmio de risco fiscal aumentar no Brasil, em paralelo à elevação do prêmio de risco nas curvas de juros dos países desenvolvidos, a situação afetará, embora não mecanicamente, o processo de decisão do Copom.

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Meta fiscal

Campos Neto disse ainda que os participantes do mercado não esperam déficit zero nas contas públicas primárias em 2024, mas é importante que o governo persiga essa meta. Segundo ele, um afrouxamento da meta fiscal pioraria as expectativas para as contas públicas a partir de 2025, gerando assim um maior prêmio de risco.

Ele manifestou que apoia o esforço do Ministério da Fazenda em reforçar "o máximo possível" a intenção de cumprir a meta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no final de outubro que o governo dificilmente vai conseguir cumprir a meta de déficit zero em 2024, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações de que a intenção é cumpri-la. Nesta terça, Lula afirmou que o governo irá "garantir estabilidade fiscal".

Estadão
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