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Campos Neto: 'Não sei em que velocidade, mas estamos caminhando para uma economia tokenizada'

Presidente do Banco Central diz que a autarquia é contrária à proibição de ativos virtuais, mas que essa posição é minoritária em relação à dos outros BCs

3 out 2024 - 19h22
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 3, que a economia está caminhando para ser tokenizada, embora ainda não se saiba a velocidade desse processo. A tokenização é o processo de converter algo de valor em um token digital utilizável em um aplicativo blockchain. Um exemplo são as criptomoedas.

O chefe do BC participa de um evento organizado pelo Mercado Bitcoin e pela BlackRock, em São Paulo.

"A gente tem esses spikes (disparos) de velocidade e pequenos passos para trás, mas eu acho que a gente tem aí um trem que já partiu", disse Campos Neto. Ele já havia mencionado a tokenização da economia em uma apresentação feita na tarde desta quinta-feira, em um evento da Princeton University.

Campos Neto também voltou a trazer na sua apresentação uma tela que trata sobre o seu "trabalho de seis anos" à frente do BC na agenda de tecnologia, com o Pix, a internacionalização da moeda, o Open Finance e o Drex — este último responsável pela tokenização da economia — atuando de forma integrada.

Campos Neto mencionou projetos do Banco Central que estão em desenvolvimento, como a moeda digital Drex
Campos Neto mencionou projetos do Banco Central que estão em desenvolvimento, como a moeda digital Drex
Foto: Dida Sampaio / Estadão / Estadão

Segundo o presidente do BC, há dois blocos adicionais — a incorporação da inteligência artificial e a monetização de dados — a avançar. Ele repetiu que as pessoas doam seus dados, em vez de vendê-los a empresas dispostas a pagar por eles.

Contra a proibição de ativos virtuais

Campos Neto também disse que a autarquia é contrária à proibição de ativos virtuais, mas que essa posição é minoritária em relação à dos outros BCs. Ele participou de um evento organizado pelo Mercado Bitcoin e pela BlackRock, em São Paulo.

"Acho que proibir que bancos tenham exposição a ativos virtuais faz com que você, no final, tenha mais risco, e não menos risco", disse o banqueiro central. "Mas a gente é minoria hoje, o mundo está caminhando para ter mais restrições."

O presidente do BC disse que o crescimento dos ativos virtuais está concentrado não nas criptomoedas, mas nas stablecoins — um tipo de criptoativo cujo valor é indexado a uma outra referência, como o dólar. Na avaliação dele, isso pode representar a tentativa de ter na conta moeda americana.

"Hoje eu vejo que muita gente compra uma quantidade pequena de dólar e faz um stablecoin porque é uma forma de você ter conta em dólar muito barata", disse. "Quando a gente olha o crescimento disso, a gente entende que, no final das contas, é um anseio de ter uma conta em dólar de uma forma mais barata."

Estadão
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