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Carro elétrico, energia renovável, biocombustíveis: como a crise climática muda a economia global

À medida que o aquecimento global se torna um problema cada vez maior, países e empresas correm para tentar buscar alternativas às fonte de energia poluentes

28 set 2024 - 09h11
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Há não muito tempo, termos como aquecimento global, mudanças climáticas e transição energética pareciam apontar para um futuro distante. Mas esse futuro chegou bem mais rápido do que apontavam as previsões mais pessimistas, forçando mudanças aceleradas em várias facetas da vida de todos. A economia, claro, não ficou imune a isso.

O que se tem visto nos últimos anos são transformações muito rápidas na forma de produção, nos hábitos de consumo e na preocupação das empresas em se adaptar às novas demandas. A questão da mobilidade é um exemplo claro. Como forma de substituir o poluente petróleo e seus derivados como o principal combustível dos veículos de transporte, surgiu praticamente uma nova indústria, a dos carros elétricos, que ganha espaço rapidamente, apesar de todas as dúvidas que ainda pairam sobre seu futuro.

A geração de energia é outra área que muda numa velocidade alucinante. O avanço das energias renováveis (como a solar e a eólica), vistas há alguns anos como uma forma de geração "complementar", já as coloca em posições relevantes dentro da matriz energética de vários países - incluindo o Brasil.

E mais revoluções estão a caminho - nos biocombustíveis, no hidrogênio verde. Não há nenhuma certeza de que essas mudanças serão suficientes para reverter ou mesmo paralisar as causas do aquecimento. Mas há a convicção de que os países e empresas que não investirem nisso, ficarão para trás.

Entenda, nas reportagens a seguir, como isso tudo vem transformando a economia global:

The Economist: Por que os carros elétricos vão vencer a corrida contra os carros híbridos

O esforço da indústria automobilística para se descarbonizar gira em torno da substituição da gasolina por baterias. Um número crescente de clientes quer ambos. Compradores que não podem pagar por um carro totalmente elétrico, ou que se preocupam com a disponibilidade de pontos de carregamento, estão optando por veículos elétricos híbridos plug-in (carregados na tomada), cujas vendas estão disparando. Mas o alarde em torno dos híbridos pode se mostrar de curta duração.

As vendas mundiais de carros que funcionam puramente a bateria foram mais do que o dobro daquelas dos híbridos no último ano. Mas a diferença tem se fechado rapidamente. As vendas de híbridos plug-in cresceram quase 50% nos primeiros sete meses de 2024 comparadas com igual período de 2024, enquanto aqueles totalmente elétricos avançaram 8%, segundo estimativas da corretora Bernstein. Leia mais aqui.

Saiba qual é o primeiro país do mundo a ter mais carros elétricos do que movidos a gasolina

A Noruega é o primeiro país do mundo com mais veículos elétricos do que carros movidos a gasolina nas ruas, de acordo com dados de registro de veículos da federação norueguesa de estradas, conhecida como OFV, divulgados na terça-feira, 17.

Dos 2,8 milhões de carros de passageiros registrados no país, 26,3% são totalmente elétricos, superando a participação dos veículos a gasolina. O diesel continua sendo o tipo de veículo mais comum, representando mais de um terço dos registros de veículos noruegueses. Leia mais aqui.

Biden concede quase US$ 2 bi em subsídios para impulsionar produção de veículos elétricos

O governo Biden irá conceder quase US$ 2 bilhões em subsídios à General Motors, Stellantis e outras montadoras para impulsionar a fabricação e montagem de veículos elétricos (VEs) em oito Estados americanos, incluindo Michigan, Pensilvânia e Geórgia, considerados campos de batalha nas eleições presidenciais.

O Departamento de Energia concederá subsídios no total de US$ 1,7 bilhão para criar ou manter milhares de empregos sindicais e apoiar comunidades baseadas em automóveis que há muito tempo impulsionam a economia dos EUA, informou a Casa Branca nesta quinta-feira, 11. Além dos três Estados com disputa eleitoral acirrada, os subsídios também serão destinados a instalações de veículos elétricos em Ohio, Illinois, Indiana, Maryland e Virgínia. Leia mais aqui.

Carro elétrico chinês ainda é 'desconhecido' nos EUA, mas montadoras americanas temem 'inundação'

As novas tarifas adotadas pelo governo Biden sobre os veículos elétricos chineses não terão um grande impacto sobre os consumidores americanos ou sobre o mercado de automóveis imediatamente, pois poucos desses carros são vendidos nos Estados Unidos.

Mas a decisão reflete o profundo temor do setor automotivo americano, que tem se preocupado cada vez mais com a capacidade da China de produzir veículos elétricos baratos. As montadoras americanas saudaram a decisão do governo Biden na terça-feira de impor uma tarifa de 100% sobre os veículos elétricos da China, dizendo que esses automóveis prejudicariam bilhões de dólares de investimento em fábricas de veículos elétricos e baterias nos Estados Unidos. Leia mais aqui.

Carros elétricos chineses baratos estão chegando à Europa. Como as montadoras locais vão reagir?

Os veículos elétricos baratos da China já estão chegando à Europa, prejudicando um dos maiores setores da região. E a BYD, que ultrapassou a Tesla no final do ano passado como a maior fabricante global de veículos elétricos, está prestes a aumentar as apostas.

A fabricante chinesa anunciou no mês passado planos para trazer seu hatchback compacto Seagull para a Europa no próximo ano. O carro oferece recursos premium, como uma tela de toque giratória e carregamento de telefone sem fio, e é vendido por menos de US$ 10 mil na China. Mesmo após tarifas e modificações para atender aos padrões europeus, os executivos da BYD esperam vender o Seagull por menos de € 20 mi (US$ 21,5 mil) no continente. Leia mais aqui.

The Economist: Esquenta a guerra entre a China e o Ocidente pelo domínio dos veículos elétricos

Na guerra comercial entre o Ocidente e a China, uma batalha relacionada aos veículos elétricos começou. Em maio, como parte de uma investida mais ampla contra a tecnologia chinesa, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 100% sobre os veículos elétricos do país asiático.

Em 2 de julho, o Canadá lançou uma consulta sobre o que chamou de "práticas comerciais injustas da China" no setor de veículos elétricos. Três dias depois, uma tarifa provisória de até 37,6% sobre os elétricos chineses entrou em vigor na União Europeia. Leia mais aqui.

Mercado de veículos elétricos na Europa está em 'trajetória contínua de queda', dizem fabricantes

Finalmente Elon Musk teve algo para se alegrar na Europa, para variar - as vendas de novos carros da Tesla caíram cerca de um terço em agosto. A boa notícia é que poderia ter sido muito pior.

Durante a maior parte deste ano, o único mercado que consistentemente não respondeu à combinação de Musk de cortes de preços estimulantes, taxas de financiamento com desconto e, no caso de seu Modelo 3, atualizações leves de design, foi a Europa. Sem muitas opções em um mercado geral de automóveis estagnado, os europeus estão optando por marcas rivais com modelos mais novos e mais adequados para as estradas domésticas. Como resultado, a Tesla sofreu uma queda constante e persistente na participação de mercado a partir de março. Leia mais aqui.

Carro elétrico: evolução rápida e concorrência chinesa aceleram desvalorização e dificultam revenda

A recente reviravolta no mercado global de carros elétricos, atualmente em desaceleração em países da Europa e nos Estados Unidos, provoca uma intensa queda nos preços de revenda e excesso de estoques nas lojas e fábricas.

No Brasil, onde as vendas desses modelos estão aquecidas, ainda que sobre uma base pequena de comparação, a desvalorização de modelos 100% a bateria também preocupa. Automóveis com dois a três anos de uso e baixa quilometragem foram vendidos nos últimos meses com até 45% de deságio e, dependendo do modelo, por menos da metade do valor pago pelo novo. Leia mais aqui.

Vale a pena comprar carro elétrico de segunda mão? Especialistas avaliam

O setor de carros usados movimenta no Brasil milhares de veículos. Só em 2023, mais de 14 milhões de unidades foram negociadas no País. Diante deste cenário e do avanço nas ofertas de eletrificados, a possibilidade de adquirir um carro híbrido ou 100% elétrico começa a ganhar adeptos no mercado doméstico. Contudo, a pergunta que pode surgir é: afinal, vale a pena comprar um carro elétrico usado?

Para especialistas ouvidos pela reportagem, a resposta é a clássica: depende. Executivos e analistas do setor ponderam que os motoristas que pretendem investir seu dinheiro e adquirir um veículo elétrico precisam analisar vantagens e desvantagens, colocando na ponta do lápis prós e contras de cada modelo e analisando quesitos como tempo de vida da bateria, autonomia, valor de revenda no mercado de usados e quilometragem, entre outros fatores. Leia mais aqui.

Ele se parece com o Batmóvel, funciona com energia solar e pode ser o futuro dos carros

O sonho começou em 1955, com uma criação minúscula, semelhante a um brinquedo, chamada "Sunmobile". Construído com madeira balsa e pneus de loja de hobby, ele tinha apenas 15 polegadas de comprimento. As 12 células solares de selênio que decoravam seu exterior produziam menos potência do que um cavalo de verdade. Mas era a prova de um conceito: a luz solar sozinha pode fazer um veículo funcionar.

Os anos se passaram e o sonho evoluiu para um buggy antigo convertido com painéis solares em seu teto. Em seguida, uma bicicleta glorificada, um projeto de garagem de um aposentado, um carro de corrida que cruzou o deserto de Mojave a 51 milhas por hora. Há problemas com esse sonho, grandes problemas. As nuvens aparecem. A noite cai. As leis da física limitam a eficiência com que os painéis solares podem transformar luz em energia. Mas uma startup afirma ter superado esses problemas. Agora, segundo seus fundadores, o sonho pode ser seu por apenas US$ 25,9 mil. Leia mais aqui.

The Economist: O próximo negócio de US$ 1 trilhão da energia limpa

Descarbonizar o fornecimento de eletricidade do mundo exigirá mais do que painéis solares e turbinas eólicas, que dependem da luz do sol e de uma brisa constante para gerar energia. O armazenamento em escala de rede oferece uma solução para esse problema de intermitência, mas ainda é pouco disponível.

A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a capacidade instalada global de armazenamento de baterias precisará aumentar de menos de 200 gigawatts (GW) no ano passado para mais de um terawatt (TW, equivalente a mil GW) até o final da década, e quase 5 TW até 2050, se o mundo quiser alcançar as emissões líquidas zero. Felizmente o negócio de armazenar energia na rede está finalmente sendo impulsionado. Leia mais aqui.

Como a energia solar tem substituído o carvão numa cidade americana

O passado e o futuro da energia elétrica nos Estados Unidos talvez sejam mais visíveis em uma cidade de Minnesota cercada por fazendas de batata e campos de milho. Sobre Becker, uma comunidade de pouco mais de 5 mil habitantes a noroeste de Minneapolis, está uma das maiores usinas de carvão do país. Ela está sendo substituída - para o desânimo de alguns moradores - por milhares de hectares de painéis solares e um teste para baterias de longa duração.

Becker é uma das primeiras de um grupo de sete áreas municipais de Minnesota, chamado Coalition of Utility Cities (Coalizão de Cidades Utilitárias), a fazer a mudança de uma economia baseada em combustíveis fósseis para energia limpa. Leia mais aqui.

Painel solar portátil vira febre na Alemanha e toma varandas de apartamentos; conheça

Em uma feira de sustentabilidade em Berlim, uma nova engenhoca chamou a atenção de Waltraud Berg: um painel solar pequeno o suficiente para ser facilmente instalado na lateral de uma varanda e, em seguida, conectado a uma tomada para alimentar diretamente sua casa com a energia produzida pelo Sol."Fiquei absolutamente empolgada ao saber que existia algo assim, que você pode gerar sua própria energia e ser mais independente", disse Berg, uma aposentada que instalou sozinha vários painéis na varanda voltada para o Sul de seu apartamento em Berlim.

Cada um dos painéis leves produz apenas eletricidade suficiente para carregar um laptop ou fazer funcionar uma pequena geladeira. No entanto, nas residências de toda a Alemanha, eles estão impulsionando uma transformação silenciosa, colocando a revolução verde nas mãos das pessoas sem que elas precisem fazer um grande investimento, encontrar um eletricista ou usar ferramentas pesadas. Leia mais aqui.

Os robôs estão chegando e têm uma missão: instalar painéis solares

As empresas que estão correndo para construir grandes fazendas solares nos Estados Unidos estão enfrentando um problema crescente: não há trabalhadores suficientes. Agora, elas estão recorrendo a robôs para obter ajuda.

Na terça-feira, 30/7, a AES Corporation, uma das maiores empresas de energia renovável do país, apresentou um robô inédito que pode carregar e instalar os milhares de painéis pesados que normalmente compõem uma grande matriz solar. A AES disse que seu robô, apelidado de Maximo, seria capaz de instalar painéis solares duas vezes mais rápido do que os humanos e pela metade do custo. Leia mais aqui.

China domina a energia solar global, mas sua indústria doméstica do setor está em apuros

Nos últimos 15 anos, a China passou a dominar o mercado global de energia solar. Quase todos os painéis solares do planeta são fabricados por uma empresa chinesa. Até mesmo o equipamento para fabricar esses painéis solares são produzidos quase inteiramente na China. As exportações dos painéis, medidas pela quantidade de energia que podem produzir, aumentaram mais 10% em maio em relação ao ano passado.

No entanto, o setor doméstico de painéis solares da China passa por uma grande agitação. Os preços no atacado caíram quase pela metade no ano passado e despencaram mais 25% neste ano. Os fabricantes chineses estão competindo por clientes cortando os preços muito abaixo de seus custos, e ainda continuam construindo mais fábricas. Leia mais aqui.

China tem quase o dobro de projetos de energia solar e eólica em construção ante o resto do mundo

Um estudo da Global Energy Monitor (GEM), ONG que analisa a indústria de energia global, divulgado nesta quinta-feira, 11, apontou que o volume de projetos de energia eólica e energia solar em construção na China é quase o dobro que os do resto do mundo combinados. As informações são do The Guardian.

O jornal aponta que o país tem 180 gigawatts (GW) de energia solar em escala de serviço em construção e 159 GW de energia eólica. Os 339 GW em construção das duas fontes somadas estão bem à frente dos 40 GW em construção nos Estados Unidos, que aparecem em segundo lugar no ranking mundial do volume de projetos em construção. O Brasil aparece em terceiro, com 12,9 GW de energia solar e eólica em construção. Leia mais aqui.

Austrália aprova plano para construir a 'maior central de energia solar do planeta'

O governo da Austrália aprovou um plano para construir uma central de energia solar e de baterias que foi anunciado como o "maior complexo solar do mundo". As autoridades anunciaram as licenças ambientais para o projeto da empresa SunCable, avaliado em US$ 24 bilhões (R$ 131 bilhões), no norte da Austrália.

A ministra do Meio Ambiente, Tanya Plibersek, explicou que a instalação deve gerar energia suficiente para abastecer três milhões de residências e, eventualmente, terá um cabo de ligação com Cingapura para vender eletricidade para a cidade-Estado."Será o maior complexo de energia solar no mundo e deixará a Austrália como líder mundial em energia verde", disse Plibersek. Leia mais aqui.

Energia solar: 100 mil novos sistemas são instalados em telhados e fachadas no Brasil em julho

No mês de julho deste ano, um total de 100 mil novos sistemas de energia solar fotovoltaica foram instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil. Agora, a quantidade desses sistemas de geração de energia solar chega a 2,8 milhões no País, segundo dados inéditos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Painéis solares no telhado em São Paulo
Painéis solares no telhado em São Paulo
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

De acordo com a entidade, foram investidos R$ 3,9 bilhões para criação desses sistemas em apenas um mês. Essa modalidade de geração de energia, chamada de distribuída (GD), já soma 31 gigawatts (GW) de potência, com acréscimo de 1 GW apenas no mês passado. Além de residências, esses sistemas estão instalados também em comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Leia mais aqui.

Usinas solares e eólicas puxam alta de energia elétrica no Brasil neste ano

De janeiro a junho deste ano, começaram a operar no Brasil 168 usinas de geração de energia, num incremento de 5,6 GW na matriz energética brasileira, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Trata-se de um aumento de 18,7% em relação a igual período de 2023, e um recorde para os últimos 27 anos.

Essa alta foi puxada pelo desempenho das usinas de energia solar fotovoltaicas e as eólicas, segundo o relatório divulgado pelo órgão no dia 18 deste mês. Juntas, elas somaram 92,3% de tudo que foi instalado no país neste ano. Leia mais aqui.

É hora de repensar a melhor forma de expandir a geração de energia renovável no Brasil

As fontes de energia renováveis, especialmente eólica e solar, continuam se expandindo com força e intensidade. Como apontam os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dos mais de 7 gigawatts (GW) adicionados à capacidade instalada neste ano (metade da potência da Usina de Itaipu, a maior da América do Sul), cerca de 3,5 GW foram de fonte solar e 3,0 GW, de eólica.

Cerca de 93 centrais solares fotovoltaicas e 90 eólicas foram incluídos ao sistema elétrico nacional nos oito primeiros meses do ano. Juntas as fontes correspondem hoje por 23% da matriz de energia elétrica do País, cuja a potência fiscalizada, ou seja, a quantidade máxima de produção de energia soma 205,2 gigawatts (GW) até setembro. Leia mais aqui.

'Brasil terá de ralar para ocupar liderança global da transição energética', diz CEO da Abeeólica

A economista Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) acredita que o Brasil ainda está firme na corrida para liderar o processo global de transição energética. Na avaliação dela, o País tem todas as condições e ferramentas para ganhar protagonismo no setor, mas para isso terá de recuperar o espaço perdido nos últimos anos na disputa por investimentos internacionais.

Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica
Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Ela avalia que, desde 2016, com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o Brasil entrou numa espiral de turbulência e incerteza, que piorou o ambiente de negócios doméstico. Pelo tamanho de seu território e economia e potencial energético, o País é naturalmente um candidato à liderança global. Leia mais aqui.

O salto da energia eólica: setor prevê quase dobrar de tamanho até 2030, com aportes de R$ 175 bi

Primeira das "novas energias" a chegar ao Brasil, a fonte eólica, ou movida pelos ventos, tem batido recordes sucessivos de instalação e já trouxe mais de R$ 300 bilhões em investimentos para o País. Em 2023, respondeu por quase 50% de toda expansão do setor elétrico - dos 10,3 mil megawatts (MW) adicionados ao sistema elétrico, 4,9 mil MW vieram das usinas eólicas.

E a tendência é essa expansão continuar firme nos próximos anos. Até 2030, serão investidos mais R$ 175 bilhões para acrescentar 25 mil MW de potência, levando-se em conta apenas os projetos já contratados em leilões nos últimos anos. Com isso, a geração eólica deve quase dobrar, passando da capacidade atual de cerca de 30 mil MW para 55 mil MW. Leia mais aqui.

Brasil atrai interesse global para combustível sustentável de aviação, diz diretor da Airbus

A familiaridade do Brasil com biocombustíveis faz com que o País seja cotado para ser um polo produtivo relevante de SAF, combustível sustentável de aviação, feito de óleos vegetais ou animais. Apesar dos projetos brasileiros ainda estarem em fase inicial, a expectativa é que atinjam um pico a partir do final desta década, segundo o diretor-executivo de estratégia e operações comerciais da Airbus na América Latina, Guillaume Gressin.

Para o executivo da Airbus, entre os principais estímulos para acelerar a produção de SAF no Brasil está a legislação voltada para o tema. No início deste mês, o Congresso aprovou o projeto "combustível do futuro", que prevê a criação de programas nacionais de SAF, além de diesel verde e biometano. O texto agora depende da sanção presidencial. Leia mais aqui.

Biodiesel pode evitar emissão de 320 milhões de toneladas de CO2, diz CEO da Binatural

Atualmente, o biodiesel representa 14% da mistura do diesel no Brasil. Um incremento nessa composição pode reduzir significativamente a emissão de dióxido de carbono (CO2), de acordo com André Lavor, CEO da Binatural. "Com o potencial de aumentar a mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035, o Brasil pode deixar de emitir mais de 320 milhões de toneladas de CO2 na próxima década", disse Lavor, durante o painel Soluções Inovadoras para o Futuro dos Combustíveis, no Estadão Summit ESG 2024, nesta quinta-feira, 26, em São Paulo.

André Lavor, presidente da Binatural
André Lavor, presidente da Binatural
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Lavor comentou a importância do projeto de lei conhecido como "Combustíveis do Futuro", aprovado no Congresso e programado para ser sancionado em outubro. "O projeto busca descarbonizar a matriz de transporte do Brasil, atualmente composta em sua maioria por caminhões. A proposta inclui a ampliação do uso de biocombustíveis, como o HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e o SAF (Sustainable Aviation Fuel), além de fortalecer setores como o etanol e o biodiesel, que já contribuem significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa", afirmou. Leia mais aqui.

Onde o Brasil não pode errar na produção de biocombustíveis? Quem está no caminho no mundo?

Brasil é um dos países com grande potencial para produzir combustíveis sustentáveis. A experiência na produção de etanol, a oferta de matérias-primas e o agronegócio já desenvolvido colocam o País entre os protagonistas quando o assunto são os chamados biocombustíveis, produzidos a partir de matéria orgânica vegetal ou animal.

Mas há um longo caminho a percorrer se o Brasil quiser produzir e exportar soluções de biocombustíveis avançados para o mundo, especialmente o SAF (combustível sustentável de aviação) e o combustível para uso marítimo. Onde o Brasil não pode errar? Especialistas apontam caminhos, como o incentivo, a estrutura regulatória e o estabelecimento do preço de carbono. Leia mais aqui.

Estadão
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