Teste: Kia Cerato sobe de classe no tamanho e no motor
Antes concorrendo com sedãs compactos como o Honda City, agora o novo Cerato 2.0 tem como rivais os médios Toyota Corolla e Honda Civic
Enquanto os sedãs médios mais populares e mais vendidos brigavam por sua fatia de mercado, este liderado pelo Toyota Corolla e seguido do Honda Civic, o simpático sedã compacto Kia Cerato se mantinha como uma opção menos conhecida em um segmento imediatamente inferior. Até agora.
Em um lançamento ousado, a Kia apresentou a nova geração do Cerato, que trocou o motor 1.6 de 128 cv, o mesmo que equipa o Hyundai HB20, por um 2.0 flex de 167 cv. E mais: crescendo 80 mm no comprimento, ganhando mais espaço interno e volume de porta-malas, o novo Cerato foi promovido em sua categoria, tornando-se um sedã médio.
As novas medidas deixaram o Cerato com uma aparência mais robusta, com linhas mais modernas, inspirado no esportivo da marca, o belo cupê Stinger GT. No interior, mais tecnologia, com sistema multimídia com tela flutuante colorida de 8 polegadas, sensível ao toque, ar-condicionado dual zone com saída para os bancos traseiros, na versão SX, que tem também chave de presença smart key.
O novo motor Dual CVVT tem transmissão automática de seis velocidades, com quatro modos de condução, Comfort, Economy, Smart e Sport. O Kia Cerato SX tem ainda borboletas de trocas de marchas no volante.
A avaliação dinâmica do novo Kia Cerato foi feita em uma pista fechada, o circuito da Fazenda Capuava, no interior paulista. Mesmo não sendo o local mais adequado para se verificar o nível de conveniência dos equipamentos, tampouco o conforto em uso corriqueiro em estradas ou centros urbanos, as voltas rápidas na pista mostraram que o sedã é ágil e silencioso, com uma boa pegada de volante, que pode ser regulado em altura e distância, e também boas respostas do motor e do câmbio, que foi utilizado apenas no modo automático.
As bem-vindas inovações do novo Kia Cerato, no entanto, têm um preço: produzido no México, a versão menos equipada EX custa R$ 94.990 e a SX custa R$ 104.990, ambas com garantia de cinco anos ou 100 mil km.
O que é novo
- Motor 2.0 flex 16V CVVT de 167 cv.
- Visual externo, inspirado no esportivo Kia Stinger GT.
- Dimensões da carroceria: largura e comprimento. Entre-eixos foi mantido.
- Central multimídia com tela colorida flutuante de 8’’.
- Smart key na versão SX.
- Ar-condicionado Dual Zone com saídas para o banco traseiro na versão SX.
- Controles eletrônicos de tração e estabilidade.
O que nós gostamos
- Estabilidade.
- Novo visual.
- Volume do porta-malas.
- Espaço interno e conforto a bordo.
O que pode melhorar
- Faróis não são de LEDs.
- Motor é bom mas não aderiu ao dowsizing, para melhorar consumo.
- Falta ponto USB para os passageiros de trás.
Os números
- Motor: 2.0 flex
- Potência: 167 cv a 6.200 rpm (e)
- Torque: 202 Nm a 4.700 rpm (e)
- Câmbio: 6 marchas AT
- Comprimento: 4,640 m
- Largura: 1,800 m
- Altura: 1,440 m
- Entre-eixos: 2,700 m
- Peso: 1.283 kg
- Pneus: 205/60 R16
- Porta-malas: 520 litros
- Tanque: 50 litros
- 0-100 km/h: 10s5
- Velocidade máxima: 195 km/h
- Consumo cidade: 9,7 km/l (g)
- Consumo estrada: 13,8 km/l (g)
- Emissão de CO2: n/d
- Modelo avaliado: 2020