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Carros populares: o que já se sabe sobre o programa do governo Lula? Tire suas dúvidas

Ministério da Fazenda ainda não apresentou o projeto completo, mas algumas medidas foram adiantadas

26 mai 2023 - 14h55
(atualizado às 15h12)
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Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, anunciou na quinta-feira, 25, algumas medidas que devem fazer parte de um programa para baratear o preço dos carros no Brasil. O projeto completo, no entanto, ainda será apresentado pelo Ministério da Fazenda com todos os detalhes - a pasta pediu 15 dias para estabelecer como se darão os descontos. Com esse parecer, será possível avaliar se o governo pode editar uma Medida Provisória sobre o tema, afirmou Alckmin.

Os descontos ainda vão obedecer a alguns critérios sociais, de densidade industrial, que privilegia as companhias com mais componentes fabricados no País, e de sustentabilidade, considerando carros com menos emissão de CO2.

Como deve ficar o preço dos carros populares com o programa?

Com as regras anunciadas, os dois modelos mais baratos à venda atualmente, o Fiat Mobi e o Renault Kwid, que custam R$ 68.990, podem vir a ter os preços reduzidos para menos de R$ 60 mil, mas não é possível saber com exatidão até o programa completo ser divulgado.

Quais são os carros que poderão ter descontos?

O governo dará desconto nos impostos federais para veículos abaixo de R$ 120 mil.

Segundo Alckmin, quanto mais acessível o carro, maior será o desconto do PIS/Cofins. Além disso, a ideia é premiar a eficiência energética, "carros que poluem menos", disse.

Além do Fiat Mobi e do Renault Kwid, pelo menos quatro modelos que hoje custam entre R$ 70 mil e R$ 80 mil poderão ter maiores descontos: o Citroën C3, o Peugeot 208, Fiat Argo e Hyundai HB20. Versões de entrada do Chevrolet Onix e do Volkswagen Polo Track, com preços na faixa de R$ 80 mil, viriam na sequência.

O que dizem especialistas sobre o programa de carros populares do governo Lula?

A iniciativa foi considerada "alentadora", "amplamente positiva" e "meritória" por executivos do setor e economistas ouvidos pelo Estadão. Os especialistas apontaram, no entanto, a necessidade de estudos mais profundos, projetos detalhados e uma rápida execução dos planos.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base (ABDIB) e integrante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Venilton Tadini, o Brasil precisa definir uma estratégia de desenvolvimento que priorize a infraestrutura e a indústria, diante do cenário de reestruturação das cadeias globais de valor e da transição energética.

Estadão
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