Casa Branca desmente conselheiro e indica continuidade de 'tarifaço'
Nesta segunda-feira, 7, os mercados de ações espalhados pelo mundo despencaram refletindo o temor de uma de uma guerra comercial
O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, afirmou que o presidente Donald Trump está considerando uma pausa de 90 dias nas tarifas para todos os países, exceto para a China, informou a CNBC nesta segunda-feira, 7. Horas depois da informação repercutir no mercado, a Casa Branca negou adiar as tarifas impostas na última quarta-feira, 2.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que qualquer sugestão de que o presidente Donald Trump está considerando uma pausa de 90 dias nas tarifas é “notícia falsa”. O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, reforçou que as tarifas não serão adiadas e permanecerão em vigor “por dias e semanas”.
Nesta segunda-feira, 7, os mercados de ações espalhados pela Europa e pela Ásia despencaram refletindo o receio de investidores sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos que fomentaram temores de uma de uma guerra comercial ampla, o que poderia elevar a inflação global e provocar uma recessão em diversos países.
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Trump apresentou na quarta-feira, 2, um plano para implementar uma tarifa de 10% sobre todas as importações norte-americanas, com taxas "recíprocas" mais altas para os países que apresentarem um desequilíbrio comercial com a maior economia do mundo. Ao todo, o "tarifaço" de Trump atinge mais de 180 países e regiões, incluindo a União Europeia (20%), Japão (24%), Coreia do Sul (25%) e China (34%).
A China pode ter sido o principal alvo das últimas tarifas de Donald Trump, mas, a julgar pela reação do mercado, aliados dos Estados Unidos --como Japão, Coreia do Sul e Austrália-- sofrem quase tanto quanto Pequim.