Casas Bahia (BHIA3) mostrou sinais de recuperação no 3T?
A Casas Bahia (BHIA3) reportou prejuízo líquido de R$ 369 milhões no terceiro trimestre de 2024. Apesar disso, o BTG Pactual afirma que a empresa mostrou sinais de recuperação no balanço.
Segundo os analistas, a BHIA3 apresentou resultados operacionais fracos, mas com sinais de recuperação nas margens operacionais em meio ao ambiente competitivo e ao plano de reestruturação.
O GMV consolidado caiu 2% em relação ao ano anterior, diz o BTG, com destaque para a queda de 10% no GMV online e 23% no GMV de produtos próprios (1P), em linha com o esforço de redirecionar itens menos lucrativos para o formato de terceiros (3P).
Em contrapartida, destacam os analistas, o GMV da operação 3P cresceu 18%, com aumento de 24% nas receitas, refletindo uma elevação de 60 pontos-base na taxa de comissionamento (take rate) para 13,1%. No segmento de lojas físicas (B&M), o GMV cresceu 5% ano a ano, com aumento de 6,5% nas vendas nas mesmas lojas (SSS), superando as expectativas.
Apesar da queda nas vendas, diz o BTG, o lucro bruto subiu 34%, impulsionado pelo mix de receita mais rentável, com maior participação dos serviços financeiros e marketplace.
O EBITDA ajustado caiu 3,5% em relação ao ano anterior, para R$491 milhões, devido à contenção de custos, resultando em uma margem EBITDA ajustada de 7,7% (comparado a -1,0% no 3T23).
O lucro líquido ajustado foi negativo em R$369 milhões, mas melhor do que no ano anterior (-R$836 milhões).
A empresa terminou o trimestre com R$2,1 bilhões em caixa e R$3,1 bilhões em dívida líquida, enquanto a geração de FCF foi de -R$179 milhões após investimentos e leasing.
"A empresa segue focada em melhorar a lucratividade da operação BHIA e fortalecer sua estrutura de capital. Desde agosto de 2023, a Casas Bahia implementou um plano de reestruturação para enfrentar pressões de margem e melhorar a geração de FCF, incluindo a redução de operações e o foco em categorias mais lucrativas", diz o BTG em relatório.
Os analistas têm recomendação neutra para as ações da Casas Bahia, com preço-alvo de R$ 9 para as ações BHIA3.
Por volta das 10h40 desta quinta-feira (14), a Casas Bahia (BHIA3) recuava 2,46%, com as ações cotadas a R$ 3,97.