Caso Eike: Bovespa é suspeita de acobertar problemas da OGX
Bolsa supostamente poderia ter realizado procedimento que demonstrasse que Eike era responsável pela venda de um grande volume de ações, o que acenderia um sinal de alerta
O Ministério Público Federal vai investigar se a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem participação nas irregularidades cometidas pela petroleira OGX, do empresário Eike Batista, segundo informações publicadas nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com a publicação, o procurador regional Osório Barbosa encaminhou uma “notícia-crime” à coordenadoria criminal para seja apurada a “eventual responsabilidade” do presidente da Bovespa, Edemir Pinto, durante o período de atividade da petroleira de Eike.
Conheça a trajetória de Eike Batista
O pedido de investigação foi baseado em material preparado pelos acionistas minoritários da OGX. O Ministério Público quer saber se a Bovespa poderia ter realizado procedimentos que demonstrassem que Eike era responsável pela venda de um grande volume de ações – o que acenderia um sinal de alerta, segundo a Folha. Além disso, os minoritários alegam que a Bovespa permitiu que especuladores vendessem um grande volume de ações sem possuir os papéis, o que derrubaria os preços. Em nota, a Bovespa afirmou à Folha que ainda não foi notificada sobre o pedido de investigação, mas ressaltou que cumpriu o que determina a legislação e está à disposição para cooperar com as investigações.