Ceia de Natal está mais cara: veja os maiores aumentos

Grande parte dos itens da ceia teve aumento acima da inflação, acordo com levantamento; comparar preços é importante para economizar

20 dez 2022 - 10h51

(atualizado às 10h56)

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A ceia de Natal deste ano sairá mais cara para os brasileiros: nos últimos 12 meses, até novembro, a inflação foi de 5,9%, de acordo com o IPCA do IBGE. No entanto, quando observados os grupos e itens específicos mais consumidos nesta época do ano, a inflação pode ser bem maior, segundo levantamento da XP.

Na alimentação ao domicílio, por exemplo, os preços subiram cerca de 13%. Na avaliação item a item, bacalhau e frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente.

A tradicional rabanada deve surpreender muitos consumidores pelo custo mais alto nos ingredientes para sua preparação: o grupo leite e derivados cresceu 26% (o leite in natura ainda mais, quase 40%); o pão francês, 18%; ovos, quase 20%. O açúcar, por sua vez, foi o único com deflação: -1,1%.

De acordo com a economista da XP Tatiana Nogueira, os principais fatores que jogam os preços para cima no acumulado do ano são: aumento global dos preços de matérias-primas como trigo, milho e proteína animal por conta de problemas climáticos — La Niña —, efeitos da pandemia e guerra Ucrânia x Rússia.

“De forma geral, as commodities agrícolas ficaram pressionadas nos últimos dois anos por conta da pandemia, questões climáticas (com quebra de safras) e a guerra, sendo a Ucrânia grande exportadora de grãos. Isso tudo eleva os custos, mesmo com uma desaceleração pontual na margem recentemente”, explicou a especialista.

Variação nos mercados faz diferença: veja pesquisa

A equipe de fiscalização do Procon Carioca, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cidadania, realizou pesquisa de preços de 33 produtos em cinco supermercados com objetivo de comparar os preços de determinados itens que comumente estão presentes nas ceias dos consumidores, como azeite, bacalhau e Tender. Foi constatado um alto percentual na variação de preços, que chega a 76,56% no caso do azeite de oliva, de um mercado para outro.

Tendo em vista as compras que o consumidor costumeiramente realiza para as festas de fim de ano, o Procon Carioca recomenda que é importante, nesse momento, planejar antecipadamente o cardápio, avaliando sempre os produtos que serão utilizados para a montagem da ceia e o estabelecimento em que serão adquiridos, a fim de evitar desperdícios e buscar sempre o melhor preço praticado.

Veja os maiores e menores preços encontrados para alguns dos produtos mais tradicionais para poder comparar antes de comprar:

• Produto: Bacalhau do Porto (Kg)