CEO da Fiat culpa "exagero" por venda geral de ações
Ações da empresa caíram 8,5% e ameaçam fusão com a Chrysler
O presidente-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, culpou nesta quarta-feira notícias exageradas na imprensa e uma "falta de compreensão" da fusão com a Chrysler por uma venda generalizada de ações que ameaça impedir a conclusão da aliança.
Marchionne deu as declarações depois que as ações da Fiat chegaram a cair 8,5% para o menor nível neste ano, ampliando perdas da sessão anterior, com operadores citando preocupações sobre o avanço da operação de fusão.
A venda generalizada aumenta a chance de acionistas que não apoiaram a fusão exerçam suas opções para vender as ações de volta à Fiat, ameaçando anular o plano de aliança caso um limite de pagamento de 500 milhões de euros (US$ 668 milhões) seja ultrapassado.
"A imprensa exagerou o cenário do exercício de opções de vendas", disse Marchionne para analistas durante uma teleconferência sobre os resultados da Chrysler. "Estamos pagando o preço de uma reação exagerada...e uma falta de compreensão do que isso significa."
O número de ações afetadas pelo exercício de direitos de saída não será conhecido até por volta de 25 de agosto, acrescentou Marchionne.
Sob os termos do acordo, que refletem as leis de mercados acionários italianos, investidores podem ofertar ações que não foram votadas a favor do acordo por um preço de saída definido em 7,727 euros. As ações da Fiat tinham queda de 5,6%, a 6,465 euros, às 13h55 (horário de Brasília).
Caso o plano de fusão fracasse como resultado das opções de venda, ele acrescentou: "esperaremos até termos condições melhores para concluir isso."