CEO do Goldman Sachs para de fazer shows como DJ após críticas
Participação em shows de grande porte gerava uma atenção externa indesejada, de acordo com reportagem da CNN
O presidente do Goldman Sachs, David Solomon, não se apresentará mais como DJ em eventos grandes, segundo confirmou um representante do banco de investimento à rede CNN. "David decidiu parar de se apresentar como DJ em público há mais de um ano por causa da atenção externa que isso gerava", disse o porta-voz do Goldman, Tony Fratto.
Conhecido pelo pseudônimo de D-Sol, Solomon começou a tocar em festivais e casas noturnas há alguns anos. "[Eu] meio que entrei nisso como um hobby, e agora faço apenas por diversão", disse Solomon, de 61 anos, em um podcast do Goldman Sachs em 2017.
Solomon foi a atração principal de vários eventos grandes, incluindo uma festa do Super Bowl da Sports Illustrated e o festival de música Lollapalooza em Chicago no ano passado. No entanto, sua atuação como DJ causou alguma controvérsia, segundo a reportagem da CNN.
Ele abriu o show para o duo de música eletrônica The Chainsmokers em um evento beneficente lotado nos Hamptons, uma região de casas de alto luxo, no meio da pandemia de covid-19, em julho de 2020. Isso provocou uma investigação do Departamento de Saúde do Estado de Nova York por violações das regras de distanciamento social. Solomon se desculpou com o conselho do Goldman por sua participação no evento, de acordo com um relatório do jornal Financial Times.
Embora as ações do Goldman Sachs tenham caído mais de 8,4% este ano, ainda estão cerca de 40% acima de quando ele assumiu o comando do grupo, em 2018. Segundo os resultados do terceiro trimestre, anunciados na terça-feira, 17, houve lucros de US$ 5,47 por ação, superando os US$ 5,31 esperados pelos analistas. No entanto, o lucro caiu 33% em relação ao ano anterior, segundo a reportagem.