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Certificadora alemã alerta para novo perigo em barragens da Vale

30 mar 2019 - 11h37
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TÜV Süd, especializada em inspeções e certificação de produtos, adverte empresa e governo brasileiro sobre estado "preocupante" de outras barragens de resíduos. Certificadora esteve envolvida em catástrofe de Brumadinho.Oito barragens da Vale em Minas Gerais estão em estado "preocupante" ou "especialmente preocupante", de acordo com um estudo da certificadora alemã TÜV Süd, ao qual o semanário Der Spiegel teve acesso.

Tragédia de Brumadinho deixou rastro de destruição e apreensões ambientais
Tragédia de Brumadinho deixou rastro de destruição e apreensões ambientais
Foto: DW / Deutsche Welle

No relatório de caráter provisório de 12 páginas, revelado pela revista alemã neste sábado (30/03), a auditora alerta a Vale e as autoridades brasileiras da possibilidade de ocorrerem novos desastres como o de janeiro em Brumadinho, no qual morreram mais de 200 pessoas.

Segundo os analistas alemães, uma barragem para resíduos de mineração da empresa estaria em estado "preocupante" e outras sete, "especialmente preocupante". Todas são classificadas como de alto risco, assim como Brumadinho.

A prestadora alemã TÜV oferece serviços de inspeção e certificação de produtos, sendo conceituada no campo. No entanto, sua sucursal TÜV Süd foi acusada de envolvimento na tragédia de Brumadinho: contratados pela Vale, seus técnicos atestaram a barragem como estável em setembro de 2018, embora tendo conhecimento dos riscos da estrutura.

Após o alerta o novo alerta da TÜV Süd, a Vale realocou os moradores em risco por cinco destas represas e suspendeu as operações em outras duas, noticiou a Spiegel.

No dia 25 de janeiro, uma barragem da Vale se rompeu em Brumadinho, e um rio de lama e resíduos minerais enterrou, em questão de segundos, as instalações da mina e as casas vizinhas, deixando um saldo de 209 mortos e 97 desaparecidos, além de danos ambientais incalculáveis.

Após a tragédia, as autoridades iniciaram uma sindicância para esclarecer a responsabilidade da Vale no desastre, o segundo protagonizado pela mineradora em pouco mais de três anos. Em 2015, a ruptura de vários diques da mineira Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton em Mariana, MG, causou 19 mortes e provocou a maior catástrofe ambiental da história do país.

AV/efe,ots

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