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China abre investigação sobre importações de produtos lácteos da UE

21 ago 2024 - 10h16
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A China abriu uma investigação antissubsídios sobre produtos lácteos importados da União Europeia nesta quarta-feira, aumentando a tensão com o bloco um dia depois que Bruxelas publicou seu plano revisado de tarifas para veículos elétricos fabricados na China.

Na terça-feira, a UE revisou tarifas punitivas propostas sobre importações de veículos elétricos chineses para 36,3%, em comparação com a sobretaxa inicial planejada de 37,6%. Pequim pedia que Bruxelas desistisse das tarifas..

A revisão atraiu a repreensão do Ministério do Comércio da China, que, em resposta, prometeu tomar todas as medidas necessárias para proteger as empresas chinesas.

A investigação antissubsídios sobre laticínios anunciada pelo Ministério do Comércio da China nesta quarta-feira se concentrará em vários tipos de queijos, leites e cremes.

A investigação foi motivada por uma reclamação apresentada pela Associação de Laticínios da China e pela Associação da Indústria de Laticínios da China em 29 de julho, em nome do setor de laticínios nacional, informou o ministério.

A China examinará 20 esquemas de subsídios de todo o bloco de 27 países, especificamente os da Áustria, Bélgica, Croácia, República Tcheca, Finlândia, Itália, Irlanda e Romênia, informou o país em comunicado.

Dos países listados, a Irlanda é de longe o maior exportador de produtos lácteos para a China, tendo vendido 461 milhões de dólares em mercadorias para a nação asiática no ano passado.

A UE foi a segunda maior fonte de produtos lácteos da China, com pelo menos 36% do valor total das importações em 2023, atrás apenas da Nova Zelândia, de acordo com dados alfandegários chineses.

A UE exportou 1,7 bilhão de euros em produtos lácteos para a China em 2023, abaixo dos 2 bilhões em 2022, de acordo com dados da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, que citou o Eurostat.

A China já lançou uma investigação antidumping sobre as importações de carne suína da UE em junho, que afeta principalmente Espanha, Holanda e Dinamarca, em um movimento de retaliação contra as sobretaxas de carros elétricos.

"O valor combinado das exportações de carne suína e laticínios da UE para a China -- áreas de mercadorias potencialmente afetadas pelas tarifas -- é menor do que o valor das exportações de veículos elétricos a bateria da China para a UE, que estimamos em cerca de 13,5 bilhões de dólares em 2023", disse Chim Lee, analista sênior da China na Economist Intelligence Unit.

"As pressões econômicas internas, juntamente com o papel cada vez mais importante desempenhado pela demanda externa no apoio à economia da China, manterão os formuladores chineses de políticas cautelosos quanto à adoção de uma abordagem excessivamente conflituosa em relação ao comércio", disse Lee.

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