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China agirá se flutuações no câmbio se tornarem grandes demais

22 out 2021 - 09h00
(atualizado às 09h36)
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A China implementará medidas anticíclicas em momento apropriado se o aperto das políticas monetárias pelas principais economias mundiais levar a flutuações do mercado de câmbio a se tornar grandes demais, disse a instituição reguladora do mercado de câmbio do país nesta sexta-feira.

Bandeira da China em Pequim, China.
29/04/2020
REUTERS/Thomas Peter
Bandeira da China em Pequim, China. 29/04/2020 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Wang Chunying, porta-voz da Administração Estatal de Câmbio (SAFE, na sigla em inglês), disse que "se o mercado de câmbio internacional enfrentar flutuações relativamente grandes, (os reguladores) implementarão ajustes anticíclicos no momento apropriado".

Ela afirmou que o regulador prestará muita atenção às pressões inflacionárias nos Estados Unidos e ao ritmo de aperto da política monetária pelo Federal Reserve, a fim de fazer ajustes proativos para orientar as expectativas do mercado e manter a estabilidade do mercado de câmbio.

"Os mercados precificaram totalmente o ritmo do (plano) do Fed de reduzir as compras de ativos, e os riscos de isso provocar turbulências nos mercados globais no curto prazo são controláveis", disse Wang.

A mudança na política monetária dos bancos centrais globais não alterará a condição amplamente estável do balanço de pagamentos da China ou a tendência do iuan, acrescentou ela.

A recente valorização da moeda chinesa --que ultrapassou um limite importante de 6,4 iuanes por dólar, indo a uma máxima em quatro meses nesta semana-- foi normal e impulsionada pelas forças do mercado, disse o regulador.

"O iuan se moveu em ambas as direções e apresentou volatilidade bidirecional neste ano e, em geral, permaneceu estável", disse Wang.

"A taxa de câmbio do iuan continuará a depender da situação econômica interna e externa, do balanço de pagamentos e das mudanças nos mercados cambiais globais", disse Wang, acrescentando que a persistente valorização ou depreciação da divisa seria improvável.

O iuan também subiu recentemente para seus níveis mais fortes em seis anos em relação às moedas dos parceiros comerciais da China, e investidores ficaram incertos com a falta de intervenção e a aparente despreocupação das autoridades.

No passado, o regulador cambial fez ajustes ao fator anticíclico na fórmula de fixação do ponto médio do iuan, o coeficiente de reserva cambial dos bancos e o coeficiente de reserva de risco cambial para contratos futuros para conter qualquer aposta unilateral de força do iuan.

No fim de maio, o banco central da China elevou a alíquota do compulsório de reserva cambial para instituições financeiras de 5% para 7%, com participantes do mercado interpretando a medida como uma tentativa de conter os ganhos da moeda chinesa.

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