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China anunciará investimento bilionário em Porto de São Luís através da CCCC, dizem fontes

13 nov 2019 - 16h27
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Maior parceira comercial do Brasil, a China anunciará um investimento bilionário no Porto de São Luís através da China Communications Construction Company (CCCC), afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto, em condição de anonimato.

Presidente da China, Xi Jinping, participa de comunicado conjunto com o presidente Jair Bolsonaro depois de uma reunião bilateral durante cúpula dos Brics, em Brasília
13/11/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente da China, Xi Jinping, participa de comunicado conjunto com o presidente Jair Bolsonaro depois de uma reunião bilateral durante cúpula dos Brics, em Brasília 13/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O anúncio será feito no âmbito da cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Uma das fontes pontuou que os recursos anunciados farão parte do maior projeto de investimento estrangeiro direto anunciado para o país neste ano.

A pedra fundamental do porto de São Luís foi lançada em março do ano passado. À época, a agência estatal chinesa Xinhua informou que a CCCC liderava o projeto com participação acionária de 51% no empreendimento, ao lado das brasileiras WPR, do grupo de construção WTorre, e da gestora Lyon Capital.

Em seu site, a WTorre informa que o porto de São Luís é um terminal de uso misto privado. Com retroárea de 1.500.000 m² o projeto atende as áreas central, norte e nordeste do Brasil, interligado pela Ferrovia Norte-Sul/Carajás.

A segunda fonte afirmou que os investimentos não pararão por aí, com recursos também sendo divulgados para o modal ferroviário.

Mais cedo nesta quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo Jair Bolsonaro está procurando níveis de integração maior com a China, envolvendo não apenas negociações comerciais, mas também investimentos.

Em discurso num seminário sobre o papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, Guedes chegou a dizer que o Brasil estava conversando com a China sobre a possibilidade de uma área de livre comércio. Mas, questionado por mais detalhes sobre o tema, ele apenas indicou a jornalistas que a intenção era aprofundar as relações com o gigante asiático.

Segundo a Reuters apurou, o Brasil quer, de um lado, expandir o número de produtos que compõem a pauta de exportação para a China, hoje muito concentrada em soja, petróleo e minério de ferro. O governo mira a ampliação de mercado para todo o complexo de alimentos brasileiros, com destaque para as proteínas animais.

De outro lado, o país busca também que as conversas com a China contemplem cada vez mais a frente de investimentos em meio à necessidade de financiamento para projetos de infraestrutura.

"Você tinha um gigantismo na pauta comercial, mas menos fluxo de investimentos, (agora) fluxo de investimentos também está aumentando", disse a primeira fonte.

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