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China diz que há consenso para criação de banco dos Brics

Novo banco vai simbolizar a crescente influência das economias emergentes na arquitetura financeira global

7 jul 2014 - 07h42
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Chefes de estado dos países que formam o grupo dos Brics posam para foto após reunião durante cúpula de G20 em Strelna, próximo a São Petersburgo, em setembro de 2013
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

Os cinco países que formam os Brics chegaram a um amplo consenso sobre a criação do banco de desenvolvimento de US$ 100 bilhões, embora algumas diferenças permaneçam, afirmou um diplomata chinês nesta segunda-feira antes da reunião de cúpula no Brasil na próxima semana.

O novo banco vai simbolizar a crescente influência das economias emergentes na arquitetura financeira global, há muito dominada pelos Estados Unidos e pela Europa através do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem assinar um tratado para lançar oficialmente o banco quando se reunirem em Fortaleza (CE), no dia 15 de julho.

As negociações para criar o banco se arrastam por dois anos, com alguns membros se opondo ao desejo da China de ter uma participação maior no banco, por meio de mais capital.

Um funcionário sênior do governo brasileiro havia dito em maio que as cinco nações do Brics estavam abertas a concordar em financiar o banco da mesma forma, dando-lhes os mesmos direitos.

Falando a repórteres antes da cúpula, o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Li Baodong, disse que estava otimista.

"No banco de desenvolvimento dos Brics, todas as partes têm amplo consenso sobre esta questão. Claro que existem algumas diferenças e diferentes pontos de vista sobre questões técnicas", disse Li.

"Estamos plenamente confiantes de que podemos chegar a um consenso e criar o banco de desenvolvimento dos Brics nesta reunião", acrescentou.

"Neste tipo de problema técnico, os membros devem estabelecer um consenso através de consultas amigáveis", disse Li, referindo-se à emissão de ações do banco.

O banco terá de ser ratificado pelos Parlamentos dos países e poderia começar a emprestar em dois anos, segundo informações dadas pelo funcionário brasileiro à Reuters.

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