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Citi eleva Brasil a "marketweight" após acordo orçamentário dar impulso a agenda reformista

23 abr 2021 - 18h35
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O Citi melhorou a recomendação para o Brasil em seu portfólio-modelo para "marketweight" (na média do mercado), depois de permanecer "underweight" (abaixo da média) desde outubro do ano passado, citando respiro do lado fiscal, redução de casos de Covid-19 e algum impulso para a agenda de reformas no Congresso.

Logo do Citi em evento em Toronto, Canadá
19/10/2017 REUTERS/Chris Helgren
Logo do Citi em evento em Toronto, Canadá 19/10/2017 REUTERS/Chris Helgren
Foto: Reuters

Para Donato Guarino, estrategista para mercados emergentes do banco, o conjunto de notícias é positivo e deve amparar os spreads de dívida soberana do Brasil, que tiveram desempenho pior que os de outros países também com rating "BB".

Desde 1º de outubro de 2020, a dívida soberana brasileira teve perda de 18 pontos-base em relação ao índice ESBI, índice proprietário do Citi para bônus soberanos de mercados emergentes. No mesmo período, a desvalorização contra outros países "BB" foi de 84 pontos-base --atualmente, esse spread está em 30 pontos-base.

Os desafios no longo prazo, contudo, persistem, ponderou Guarino.

"Do ponto de vista fiscal, o país precisará de consolidação após o grande aumento de gastos com a pandemia. Nossos economistas ainda acreditam que os gastos públicos ultrapassarão o teto de gastos em 158 bilhões de reais (2% do PIB), estimativa pior que a de consenso", completou.

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