Citi rebaixa Nubank (ROXO34) para 'venda'; saiba motivos
Em seu relatório mais recente sobre o Nubank (ROXO34), o Citi cortou a recomendação para as ações do banco de "neutra" para "venda", citando uma desaceleração do crescimento no Brasil.
Segundo a casa, o 3T24 do Nubank pode ser considerado um marco dessa perda de força do banco no Brasil, que é o principal mercado do ROXO34, sendo responsável por aproximadamente 72% de sua receita operacional.
Outros fatores que levaram o Citi a cortar a recomendação para as ações do Nubank foram:
- Queda na receita média mensal por cliente ativo (ARPAC): O ARPAC caiu de US$ 11,20 no segundo trimestre para US$ 11,00 no terceiro trimestre, seguindo uma tendência de retração nos últimos períodos. Embora a desvalorização do real tenha contribuído para essa redução, o desempenho preocupa os analistas.
- Custo elevado de financiamentos: As altas taxas de juros no Brasil, que permaneceram em dois dígitos ao longo de 2024, impactaram negativamente os custos do Nubank.
- Diminuição na receita de juros (NII): A redução foi especialmente acentuada no segmento de cartões de crédito, uma das principais áreas de atuação do banco.
Além disso, o Citi também apontou que as novas frentes de expansão do Nubank, como as operações na Colômbia, ainda levarão tempo para gerar resultados significativos.
Isso porque apesar de ter recebido recentemente a aprovação da Superintendência Financeira da Colômbia (SFC) para consolidar contas e operações de crédito, o bancoainda está no início da construção de seu portfólio de produtos no país.
Por fim, os analistas do Citi afirmam que os múltiplos do Nubank são elevados para a situação atual do banco, como o P/E (preço sobre lucro) de 24,2 vezes e o P/BV (preço sobre valor patrimonial) de 6,2 vezes.
Segundo a casa, o atual valuation do Nubank só seria justificado em um cenário de forte aceleração no desempenho das operações brasileiras, algo que, no momento, parece distante.