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CNI: indústria tem caminho sem volta para a sustentabilidade

Grande parte das empresas admite que atualmente há maior cuidado com gerenciamento de resíduos

20 ago 2014 - 08h28
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<p>Pol&iacute;tica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos parece ainda n&atilde;o ter ca&iacute;do no gosto da ind&uacute;stria</p>
Política Nacional de Resíduos Sólidos parece ainda não ter caído no gosto da indústria
Foto: Thinkstock

A destinação adequada dos resíduos sólidos é a principal preocupação da indústria brasileira. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 55 empresas nacionais e multinacionais sobre o tema, revelou ainda que 64% das empresas têm grande preocupação com o que fazer com o que sobra da produção industrial. Nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, a entidade mostra casos de sucesso no Estado, em um encontro em Copacabana, zona Sul da cidade.

De acordo com a pesquisa, grande parte das empresas (64%) admite que atualmente há maior cuidado com gerenciamento desses resíduos e 40% disseram ainda que as leis brasileiras sobre o tema foram responsáveis pela mudança de comportamento da indústria no tema desde 2010. O problema é que 44% dos pesquisados ainda considera que a indústria precisa se adequar mais ao tratamento de resíduos.

Para os pesquisados (mais de 50%) os grandes desafios são fomentar a necessidade de destinar esse resíduos com um mercado forte e a incapacidade dos governos de lidar com o tema, além de pedirem mais incentivos para que se reduza a quantidade de material residual ou que se valorize mais esse produto de forma a que ele se torne algo rentável para as indústrias. Para isso pedem mais incentivos fiscais (29%) e incentivos à reciclagem (25%).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos parece ainda não ter caído no gosto da indústria brasileira, apesar de a maioria, um 58%, responder que o impacto da política na indústria é mais positiva que negativa justamente por mobilizar indústria, governos e população. Muitos consideram que pouca coisa mudou de verdade, já que parte da indústria já se preocupava com o tema, tanto que 51% pedem algum tipo de mudança.

Benefícios, incentivos e maior clareza no projeto são as principais mudanças pedidas, mas ninguém duvida na hora de afirmar que a reutilização dos resíduos como matérias-prima, subprodutos ou coprodutos são estimulantes. Para a indústria brasileira, Alemanha e Japão são os principais exemplo a serem seguidos no país.

Realidade

Atualmente, 69% das indústrias pesquisadas têm um setor específico para cuidar dos resíduos sólidos, quase sempre ligados ao meio-ambiente e 64% delas até aumentaram seus orçamentos para o setor, quase sempre acima do 10%. Infelizmente mais da metade das pesquisadas não faz a chamada logística reversa, que reutiliza os produtos dos resíduos sólidos em seus produtos. Mas 72% delas afirmar estarem preparadas para ampliar essa realidade.

Por fim, as indústrias parecem estar conscientes de seu papel e 78% investem na pesquisa para reciclam ou reaproveitam seus resíduos sólidos; além disso, mais de 60% trabalham para diminuir a produção desses resíduos ou transformá-los em energia reaproveitável. Parece que há uma tendência irreversível na indústria brasileira sobre o tema, mas ainda há um longo a caminho a ser percorrido.

Fonte: Terra
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