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CNI reduz para 1,8% projeção de crescimento do PIB em 2014

Entidade prevê que o PIB industrial aumentará 1,7% em 2014, ante 2% previstos anteriormente

11 abr 2014 - 14h23
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) do Brasil neste ano para 1,8%, ante 2,1%, em meio a uma previsão de baixa expansão do investimento, fraco superávit comercial, inflação elevada e deterioração das contas públicas.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira, a entidade prevê que o PIB industrial aumentará 1,7% em 2014, ante 2% previstos anteriormente. Sobre a Selic, a entidade calcula que a taxa fechará este ano em 11,25% ao ano, ante estimativa anterior de 10,5%. A entidade também projeta a inflação em 6,4%, 0,4 ponto percentual a mais do que o estimado anteriormente

A piora das estimativas deu-se com base na dificuldade da economia brasileira em crescer a um ritmo mais forte, custo de vida elevado, baixa expansão dos investimentos, moderação do consumo das famílias e efeitos na atividade do aperto dos juros para o controle da inflação.

No cálculo para o setor industrial, a entidade levou em conta a performance mais animadora dos indicadores neste início do ano, mas ainda assim as incertezas relacionadas à atividade em geral determinaram a redução da perspectiva.

No dado mais recente da CNI, o uso da capacidade instalada subiu para 82,6% em fevereiro, com alta de 6% do faturamento no dado dessazonalizado. No front externo, a CNI destaca a dificuldade das exportações brasileiras, principalmente a dos produtos manufaturados.

Para as operações de comércio exterior, a entidade calcula exportações de US$ 240 bilhões e importações de US$ 238,5 bilhões, resultando no fraco superávit comercial de US$ 1,5 bilhão. Essas operações levaram em conta uma taxa nominal média de câmbio de R$ 2,35 por dólar, estável frente à cotação calculada anteriormente.

Nas contas públicas, a indicação é de deterioração dos indicadores, com previsão de superávit primário de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB), maior que o de 1,4% projetado anteriormente, mas abaixo da meta do governo de 1,9% do PIB, correpondente à meta nominal de R$ 99 bilhões.

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