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Coca-Cola teve de reformular filme de Natal de 2020 por conta da pandemia

Superprodução deste ano, que teve de ser reformulada por causa do coronavírus, foi dirigida por Taika Waititi, de 'Jojo Rabbit'

9 nov 2020 - 09h55
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Com uma equipe mundial que começa preparar a campanha natalina todos os anos - em janeiro - a Coca-Cola precisou dar cambalhotas em 2020. "Tudo já estava sendo preparado há três meses quando os planos tiveram que mudar, em abril, por conta da pandemia", explica Marina Rocha, diretora de marketing de Coca-Cola Trademark no Brasil.

Além do roteiro, mudou também a logística de produção. Um time estava em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde mora o diretor do comercial, o vencedor do Oscar 2020 de Melhor Roteiro Adaptado, Taika Waititi (Jojo Rabbit). Outro, o da equipe de produção, estava em Londres, onde fica a agência da Coca-Cola, a Wieden+Kennedy inglesa, a criadora da campanha.

E a equipe de filmagem estava, literalmente do outro lado do globo, na Nova Zelândia. "Imagina as inúmeras reuniões por videoconferência, as diferenças de fuso horário, tudo isso em meio à quarentena", conta Marina.

Pelo novo roteiro, o filme ficou só com dois personagens (além de Papai Noel): um pai que vai trabalhar longe de casa, em alto-mar, numa fazenda eólica e uma filha. Para as filmagens, toda equipe foi testada para covid-19 e o time se isolou de outras pessoas durante as gravações para evitar contágio. "O fato de ter sido gravado na Nova Zelândia, onde há neve e todas as paisagens que precisávamos, ajudou muito também porque lá a pandemia foi melhor controlada", diz Marina. 

A história é seguinte: antes do pai partir para alto-mar, a filha entrega a ele uma carta para o Papai Noel e pede que coloque a correspondência no correio. Mas ele esquece e aí começa uma saga. Quando ele finalmente chega ao Polo Norte, Papai Noel lhe devolve a carta. Ele retorna e vê que o desejo de Natal da menina era apenas que o pai voltasse para casa. "É um filme que fala de 'estar junto' mesmo que seja apenas um pai e uma filha", diz Marina. 

*Especial para o Estadão

Estadão
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