Colecionador já gastou mais de R$ 40 mil em peças de Lego: “É uma terapia”
Thomás Valle possui mais de 50 mil peças dos famosos blocos de plásticos que, com o tempo, valorizam: "Coleção é avaliada em R$ 50 mil"
Enquanto muitos investiam em quebra-cabeças e outros passatempos, como xadrez ou jogos de tabuleiro, o engenheiro civil mineiro Thomás Valle, de 33 anos, descobriu uma nova paixão durante a pandemia de covid-19. Sem poder sair de casa, ele começou a comprar sets de Lego - aquela empresa famosa dos bloquinhos de plástico - e acabou virando um colecionador de um hobby que, embora não seja muito barato, o ajudou a passar pelo período de confinamento.
O que era um hobby, no entanto, acabou fazendo de Thomás um colecionador. Mesmo após a covid, ele seguiu comprando sets, montando e passou a compartilhar nas redes sociais, virando uma espécie de 'influencer' de Lego. "Sentar, montar um Lego é muito gostoso, é uma terapia, na verdade; melhor coisa para mim", disse em entrevista ao Terra.
A coleção do mineiro começou por acaso, depois que um amigo comprou um set da Millennium Falcon, nave de Star Wars, disponível no site da empresa por R$ 8,7 mil. "Na época eu achei aquilo uma loucura, nunca pagaria um valor desse", afirmou. A ideia, porém, ficou na cabeça de Thomás. Também apaixonado por carros, ele acabou entrando de vez nesse universo ao adquirir um Land Rover Defender feito de Lego, um set que supera o valor de R$ 2 mil.
"Gostei muito, daí fui me empolgando e comprando outros", detalha. "Quando eu era criança, os sets de Lego eram mais simples, hoje você tem uma variedade enorme, com parceria com marcas ou franquias de filmes e séries, vários tipos de carros, e eu sou apaixonado por carros", acrescenta Thomás, que já tem 17 carros feitos de Lego em sua coleção.
Gastos e valorização
O colecionador estima já ter gastado mais de R$ 40 mil comprando sets que hoje decoram a parede de sua casa. Parece ser um gasto, mas pode virar investimento mais para frente. Isso porque, conforme os sets de Lego são descontinuados, eles passam a valorizar já que não estão mais disponíveis no mercado.
"Acredito que a minha coleção vale hoje uns R$ 50 mil", conta Thomás, que espera que esse valor aumente conforme o tempo vai passando.
O colecionador monitora toda a sua coleção em um site específico para fãs de Lego, que acompanham a valorização de seus sets. "Lá eu consigo ver quando a minha coleção está rendendo, porque quando os sets saem de linha o preço geralmente aumenta. Varia também como está o estado do set, se está lacrado, lacrado com a caixa danificada, bem conservado e por aí vai."
"Eu tenho mais de 50 mil peças de Lego, em 27 sets que já montei, e 98 minifiguras", explica Thomás, mencionando os bonequinhos que a empresa fabrica.
O item mais raro de sua coleção, aliás, é uma minifigura. "É o Luke Skywalker [personagem de Star Wars], que só foi lançado junto de um jogo de videogame da Lego. A minifigura vinha com a versão deluxe do jogo, que era limitado", afirma. "Hoje, essa minifigura deve valer uns US$ 100 (equivalente a R$ 517)".
Já o item mais caro de sua coleção é um Titanic todo feito de Lego, que custou mais de R$ 6.000, mas que vale a pena cada centavo, segundo ele. "Eu montei o set, que tem mais de 9 mil peças, em apenas três dias, foi muito divertido."
Os favoritos de sua coleção, no entanto, ainda são os carros. Entre os seus preferidos está um Batmóvel e o icônico DeLorean, da franquia de filmes De Volta para o Futuro, que sempre aparecem nas publicações do colecionador.