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Com apartamentos custando mais de R$ 7 mi no centro de Paris, um quarto dos parisienses vive em habitações públicas

Governo faz esforço para que residentes de renda baixa e média, assim como proprietários de pequenos negócios, sigam no coração da cidade

19 abr 2024 - 05h00
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Foto: Reprodução/iStock/Muhammad Zulkifal

O preço para comprar um cantinho no coração de Paris, a cidade do amor, é alto. Um apartamento de 92 m² no centro da capital custa em média 1,3 milhão de euros – cerca de R$ 7,4 milhões, pela cotação atual. Mas, para garantir que parisienses de classe média e baixa, assim como proprietários de pequenos negócios, sigam ocupando a região, o governo tem investido em habitações públicas a esses que fazem ‘a cidade funcionar’.

Segundo informações de reportagem do The New York Times, atualmente, cerca de um quarto dos parisienses vivem em habitações públicas. A cidade tem o direito legal de antecipar a venda de um edifício, comprar o imóvel e torná-lo um espaço voltado a moradias do tipo -- e assim tem buscado fazer.

No momento, a meta é que Paris tenha 30% de habitação pública para residentes de baixa renda e 10% para residentes de renda média até 2035. No programa, são beneficiados professores, trabalhadores do saneamento, enfermeiros, estudantes universitários, padeiros e outros profissionais. Eles pagam 'alugueis' ao governo, com valores acessíveis.

Para o vereador responsável pela habitação de Paris, Jacques Baudrier, a luta é contra as forças que tornam a compra de imóveis parisienses impossível para todos – a menos que seja uma pessoa muito rica. Além disso, ao jornal, Baudrier comenta existir resistência a nível local, de residentes dos distritos centrais que têm resistido à construção de habitações públicas. 

Ele, que também é membro do Conselho Municipal de Paris, acredita que, a longo prazo, 60% das habitações na cidade devem ser públicas e reservadas para famílias que se enquadram no programa habitacional.

“A nossa filosofia orientadora é que aqueles que produzem as riquezas da cidade devem ter o direito de viver nela”, disse Ian Brossat ao jornal, outro senador comunista que defende a política de habitação e que esteve a frente do departamento de habitação da Câmara Municipal durante uma década.

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Fonte: Redação Terra
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