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Com baixa disputa, governo de SP arrecada R$ 22 milhões em leilão de aeroportos regionais

As ofertas tiveram ágio médio de 11%; o investimento durante os 30 anos de concessão será de R$ 447 milhões, sendo R$ 137 milhões nos primeiros quatro anos do contrato

15 jul 2021 - 17h19
(atualizado em 16/7/2021 às 15h43)
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Apenas dois consórcios apresentaram propostas nesta quinta-feira, 15, para o leilão de concessão de 22 aeroportos regionais do Estado de São Paulo. As ofertas tiveram ágio médio de 11% e a arrecadação total, de R$ 22 milhões. O volume de investimentos durante os 30 anos de concessão será de R$ 447 milhões, sendo R$ 137 milhões nos primeiros quatro anos do contrato.

O consórcio Aeroportos Paulista, liderado pela Socicam, foi o único a dar lance no bloco Noroeste - composto pelos terminais de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina e Presidente Epitácio.

Aeroporto de Sorocaba estava incluso no bloco Sudeste, que foi arremetado por 14,7 milhões.
Aeroporto de Sorocaba estava incluso no bloco Sudeste, que foi arremetado por 14,7 milhões.
Foto: Prefeitura de Sorocaba/ Divulgação / Estadão

O grupo, que agora conta com 26 concessões de aeroportos entre eles o de Cuiabá (MT), arrematou o lote com uma oferta de R$ 7,6 milhões e ágio de 11,14%. Nesse bloco, estão previstos investimentos de R$ 181,2 milhões na ampliação da capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.

O bloco Sudeste, que inclui os aeroportos de Ribeirão Preto, Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel, foi vencido pelo consórcio Voa NW e Voa SE, com oferta de R$ 14,7 milhões e ágio de 11,5%.

O grupo já havia vencido o primeiro leilão de aeroportos do governo paulista e agora soma 16 terminais administrados. O total de investimentos nos 11 aeroportos arrematados vão somar R$ 266,5 milhões. A formação do consórcio é a mesma do primeiro leilão: Terracom Construções, Nova Ubatuba, MPE Engenharia e Estrutural Concessões de Rodovias.

Apesar da baixa concorrência, o vice-governador, Rodrigo Garcia, considerou o leilão um sucesso. "Fizemos um bom projeto e o resultado mostra a confiança dos investidores na retomada econômica e na administração paulista", diz ele.

Com a licitação desta quinta, o Estado de São Paulo passa a não ter mais nenhum aeroporto sob administração pública. Com isso, o Daesp - departamento responsável pela estrutura dos aeroportos - passa agora por um processo de extinção do órgão.

O quadro de funcionários será realocado na agência reguladora de transportes Artesp, que será responsável pela regulação dos aeroportos. "Vamos deixar de investir cerca de R$ 70 milhões por ano em aeroportos, o que dá R$ 2 bilhões nos 30 anos de concessão. Esse valor será destinado para saúde, educação e segurança pública", disse o vice-governador.

Dos 22 aeroportos concedidos, seis já contam com serviços de aviação comercial regular e 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão. Juntos, os aeroportos movimentam atualmente 2,4 milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques.

De acordo com estimativas do governo, considerando os investimentos previstos, esses números podem superar mais de 8 milhões de passageiros por ano ao longo dos 30 anos de contrato de concessão.

Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, todos os aeroportos leiloados podem ser interessantes para o setor, mas a operação neles ainda vai depender das condições oferecidas pelas concessionárias e da demanda das regiões no pós-pandemia. Entre os terminais mais interessantes para as companhias,Sanovicz aponta os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Franca e Barretos.

O vice-governador afirmou também que novas licitações serão feitas agora no segundo semestre. Em 15 de setembro está previsto o leilão das Rodovias do Litoral, com expectativa de R$ 3 bilhões de investimentos. Já em 30 de setembro deverá ocorrer o leilão das áreas de visitação do parque da Cantareira e do Horto Florestal, na zona norte da capital. O valor do investimento é de R$ 45,5 milhões. Além disso, o governo espera lançar o edital do Rodoanel Norte até o fim do ano. / COLABOROU LUCIANA DYNIEWICZ

Estadão
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