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Com Drex, o Brasil está na vanguarda do mercado financeiro

Embora ainda esteja em fase de testes, a expectativa é que seja lançado ainda em 2024

3 jan 2024 - 06h25
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Foto: Adobe Stock

Nas últimas semanas, um nome tem ocupado os holofotes nos cadernos de economia de todo o país: o Drex. Mas você sabe o que ele realmente representa? Em agosto de 2023, o Banco Central, responsável por essa inovação, revelou que o Real Digital será oficialmente denominado Drex. 

Cada letra desse acrônimo representa uma característica fundamental dessa nova tecnologia: D para Digital, R para Real e E para Eletrônica. Mas o que o "X" significa? Além de simbolizar modernidade e conexão, o "X" foi escolhido para homenagear o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou as transações financeiras em 2020, no governo Bolsonaro.

O Drex, na prática, representa a evolução do Real para o ambiente digital. Isso significa que, além das tradicionais notas físicas que conhecemos, o Real passará a existir também de forma digital, acessível através de carteiras digitais mantidas por instituições financeiras. O Drex, categorizado como CBDC (Central Banking Digital Currency), é a próxima etapa na evolução do papel-moeda.

Mas como exatamente o Drex será utilizado? 

Embora ainda esteja em fase de testes, a expectativa é que seja lançado ainda em 2024. O Banco Central planeja que essa nova moeda possa ser utilizada para realizar operações financeiras já existentes, como investimentos e empréstimos, e a grande vantagem é que as operações com o Drex devem ter custos mais baixos, tornando-o acessível a uma parcela maior da população. 

A ideia é que o Drex seja utilizado em transações em ambientes digitais por meio de carteiras online em instituições financeiras ou plataformas de pagamento, e que ele também impulsione o desenvolvimento de outras tecnologias financeiras, como contratos inteligentes e dinheiro programável.

É importante destacar que, ao contrário do Pix, que é um sistema de transações instantâneas, o Drex é a própria moeda. A intenção é que o Drex possa ser transacionado via Pix, mas suas funções vão muito além disso. O Banco Central acredita que o Drex terá um impacto profundo no sistema financeiro brasileiro, devido à sua abordagem abrangente.

Como fica a segurança do Drex?

Em relação aos custos e segurança, o Drex é uma moeda regulamentada e emitida pelo Banco Central, com a principal intenção de proporcionar maior segurança aos usuários. O processo de criação dessa moeda tem passado por rigorosos testes para garantir a privacidade nas operações. 

Embora o Governo Federal não deva cobrar pelo uso do Drex, as instituições financeiras poderão estipular tarifas ou taxas de serviço, semelhante ao que acontece com o dinheiro em espécie.

É importante ressaltar que o Drex não substituirá completamente o dinheiro em espécie. Ele funcionará como uma facilitação das transações e operações financeiras, possibilitando a conversão entre dinheiro virtual e físico, sem diferenças financeiras entre eles.

Ao anunciar o lançamento do Drex, o Banco Central enfatizou sua missão de reduzir os custos das operações bancárias e democratizar o acesso da população ao sistema financeiro. A expectativa é de que essa moeda digital melhore a eficiência do mercado de pagamentos de varejo, promovendo competição e inclusão financeira para aqueles que ainda não têm acesso a serviços bancários tradicionais.

Infraestrutura e ativos financeiros

Além disso, o Drex deve integrar ativos financeiros em sua infraestrutura, como debêntures, títulos de crédito e ações. A adoção dessa nova tecnologia pode trazer mais agilidade, rentabilidade e produtos financeiros atrativos para emissores e investidores.

Em um cenário em que o Brasil busca se posicionar na vanguarda do mercado financeiro, o Drex se insere como uma peça fundamental dessa transformação liderada pelo Banco Central. 

Assim como o Pix, o Drex deve revolucionar a estrutura e a organização do mercado financeiro brasileiro, com impactos significativos, especialmente no mercado de capitais privado, oferecendo oportunidades de desenvolvimento e inovação.

(*) Paulo David é CEO da AmFi, fintech que desenvolveu plataforma que conecta originadores a investidores globais por meio de conjuntos de contratos inteligentes e estruturas jurídicas.

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