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Com quadro eleitoral, Ibovespa acumula queda de 7% no mês

Volume financeiro do pregão somou R$ 9,8 bilhões

12 set 2014 - 18h28
(atualizado às 18h33)
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<p>Ibovespa encerrou em queda de 2,42%, a 56.927 pontos</p>
Ibovespa encerrou em queda de 2,42%, a 56.927 pontos
Foto: Nacho Doce / Reuters

O principal índice da Bovespa caiu abaixo de 57 mil pontos pela primeira vez desde agosto nesta sexta-feira, completando a segunda semana de perdas, reflexo de ajustes de posições a um cenário mais disputado na corrida eleitoral, no último pregão antes do vencimento dos contratos de opções.

A queda nos índices acionários e a alta no rendimento dos Treasuries em Wall Street, em meio a expectativas de um tom mais rigoroso do Fed sobre juros na próxima semana, além do receio após novas sanções à Rússia, corroboraram o viés negativo.

O Ibovespa encerrou em queda de 2,42%, a 56.927 pontos, menor patamar de fechamento desde 14 de agosto. O volume financeiro do pregão somou R$ 9,8 bilhões. "O cenário eleitoral agora mais incerto fez o mercado piorar bastante", escreveu o BTG Pactual em nota a clientes.

Na semana, o Ibovespa acumulou uma perda de 6,2%, elevando o declínio no mês para 7,1%, comendo boa parte dos ganhos de agosto (+9,78%), quando a morte do então presidenciável do PSB Eduardo Campo causou uma reviravolta no cenário eleitoral.

Com a ex-ministra Marina Silva assumindo a candidatura à pelo PSB e com um programa de governo alinhado a interesses do mercado financeiro, agentes viram nas primeiras pesquisas de intenção de voto possibilidade real de alternância em Brasília, o que impulsionou a Bovespa.

Mas a recuperação da presidente Dilma Rousseff (PT) nos levantamentos mais recentes deixou agentes reticentes a sustentar o rali, preferindo reduzir posições na espera de novos desdobramentos. Nesta sexta-feira, foi o levantamento CNI/Ibope que reforçou o cenário mais disputado ao mostrar a candidata do PSB com 43% das intenções de voto contra 42% de Dilma em eventual segundo turno da eleição presidencial.

Há duas pesquisas no radar com divulgação prevista para a próxima semana: Vox Populi coletando dos dias 13 a 14 e Ibope indo a campo entre 11 e 16 de setembro. "As pesquisas estão ditando muito o rumo do que acontece na bolsa brasileira", disse o estrategista do Citibank Fernando Siqueira, destacando que papéis sensíveis à questão, como os de estatais ou relacionados a juros.

Entre as estatais, Petrobras despencou e acumula no mês perda ao redor de 13%. O setor imobiliário também esteve entre as maiores quedas na sessão, com PDG Realty liderando as perdas do índice. Em teleconferência com clientes do Itaú BBA, o consultor político e sócio da CAC Consultoria Luciano Dias demonstrou pragmatismo com a evolução recente de Dilma nas pesquisas. "A eleição estava prevista para ser competitiva e ela está manifestando a sua competitividade", disse.

Além das eleições

Outra pressão negativa veio do exterior, com o anúncio de novas sanções contra a Rússia reforçando o tom defensivo por causa da reunião do Federal Reserve na próxima semana.

Para Siqueira, do Citi, a reunião do banco central americano é um risco no curto prazo e pode pressionar os mercados se houver alguma sinalização de mudança significativa sobre perspectiva do momento da alta dos juros nos EUA. A valorização do dólar frente ao real para o maior nível em quase 10 meses fez ações de empresas cujas receitas são expostas à moeda norte-americana subirem, entre elas Suzano Fibria, Braskem, Embraer e algumas siderúrgicas.

Vale também destoou e valorizou-se, após firmar acordo com a chinesa Cosco para cooperação estratégica no transporte marítimo de minério de ferro. A equipe da Brasil Plural disse que a parceria deve ajudar a Vale a atracar seus navios nos portos da China.

Ainda vale citar relatório do BTG Pactual revisando estimativas e preços-alvos para o setor de varejo, colocando Cia Hering, Lojas Americanas e Pão de Açúcar como suas preferidas, enquanto no final da lista apareceram Natura e Marisa.

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