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Focus corta projeção para a Selic e inflação em 2017

11 abr 2016 - 09h50
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Foto: iStock

A perspectiva para a Selic em 2017 foi reduzida de 12,50% para 12,25%, após sete semanas de estabilidade, e foi mantida em 13,75% ao fim de 2016, segundo os economistas consultados pelo BC (Banco Central) para o Boletim Focus. 

A mudança na estimativa para a taxa de juros é decorrente do aprofundamento da recessão enquanto a inflação já dá sinais de alívio. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mostrou forte desaceleração, passando de 0,90% em fevereiro para 0,43% em março, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi o mais baixo desde agosto (0,22%) e ficou no menor patamar para o mês de março desde 2012.

PIB e inflação

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 foi revisada para baixo pela 12ª semana consecutiva e passou de queda de 3,73% para retração de 3,77%, segundo o Boletim Focus. Para o próximo ano, a expectativa para o PIB foi mantida em crescimento de 0,30%.

A perspectiva para a produção industrial reduziu a queda de 5,80% para 5,60% neste ano e foi mantida em crescimento de 0,69% em 2017.

Como resultado da ampliação da recessão, as perspectivas para a inflação seguem em desaceleração. A projeção para o IPCA em 2016 foi revisada para baixo, passando de 7,28% para 7,14%. 

Os economistas preveem desaceleração no ritmo de alta dos preços livres e nos preços administrados (estabelecidos por contrato ou órgão público), que tiveram sua projeção reduzida de 7,40% para 7,20% neste ano. 

Para 2017, a perspectiva para a inflação oficial, medida pelo IPCA, caiu de 6%, patamar onde ficou por oito semanas, para 5,95%. O nível está próximo do limite estabelecido pelo governo, de 6%. A perspectiva para preços administrados subiu de 5,50% para 5,70%.

Dólar 

O valor da moeda norte-americana prevista para o fim de 2016 foi mantido em R$ 4 no Boletim Focus. Ao fim de 2017, a estimativa permaneceu em R$ 4,10. 

A perspectiva para a dívida líquida do setor público subiu de 41,10% para 41,20% em relação ao PIB deste ano. Para 2017, a estimativa permaneceu em 46,20% do PIB.

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