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Com smartphone novo mais caro, cresce o mercado de seminovos

Potencial abrange 80 milhões de brasileiros que não têm condições de comprar um smartphone novo

21 abr 2023 - 06h20
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Com smartphone novo mais caro, cresce o mercado de seminovos:

Segundo pesquisa do IDC Brasil, o mercado brasileiro de celulares vendeu 42,6 milhões de aparelhos em 2022, entre smartphones e telefones menores. Isso significa uma retração média de 12%, em relação a 2021. A receita gerada foi de R$ 77,09 bilhões, uma queda de 1,74% em relação ao ano anterior. Até mesmo a venda dos aparelhos com 5G ficaram abaixo das expectativas. Mas no mercado de seminovos os números são diferentes.

A Trocafone, startup especializada na compra e venda de smartphones e tablets seminovos no Brasil e América Latina, faturou US$ 90 milhões em 2022, crescimento de 50% em relação ao ano anterior. Para 2023, a projeção da companhia é atingir aumento de 40% no faturamento, chegando próximo a R$ 600 milhões, bem como continuar o plano de expansão por meio de novas aquisições e parcerias. 

“Isso se deve, em parte, graças ao crescimento deste mercado no Brasil, e à busca das pessoas por aparelhos modernos, mas a preços competitivos. E a empresa em breve entrará no mercado de aluguel de smartphones, que tem se mostrado promissor para os próximos anos”, afirma Guille Freire, cofundador e CEO da Trocafone.

Seminovo é até 40% mais barato do que um novo

O mercado de seminovos no Brasil oferece smartphones com valores até 40% mais baratos do que os novos, e surgem como uma alternativa para os consumidores que desejam trocar de aparelhos, porém não querem ou não podem pagar caro por eles.

Segundo os analistas da IDC Brasil, os impactos econômicos pós-pandemia se mostraram mais acentuados em 2022 e muitos consumidores que planejavam realizar a troca do smartphone precisaram adiar a nova aquisição. 

Foto: Freepik / Montagem Homework

Outra mudança do último ano diz respeito à reabertura das lojas físicas, mas isso não foi o suficiente para atrair mais consumidores e recuperar os números do setor, que estão em queda desde 2020. Embora as vendas em lojas físicas tenham sido maiores em 2022, o consumidor priorizou modelos mais simples e antigos frente aos lançamentos, fazendo com que o volume de aparelhos 5G vendidos ficasse abaixo das expectativas.

Um ano desafiador para o mercado de smartphones

Para a IDC Brasil, os números de 2022 indicam que o ano de 2023 será bastante desafiador para venda de smartphones, principalmente, no primeiro semestre, com um resultado das vendas bem próximo ou inferior ao que ocorreu em 2022. 

Por outro lado, as vendas dos aparelhos 5G devem permanecer em crescimento contínuo durante o ano de 2023, dando sequência aos resultados do final de 2022. 

“Temos percebido a procura por aparelhos 5G, que ficam pouco tempo em estoque, pois os consumidores querem estar ligados às tecnologias mais modernas”, finaliza Freire.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.

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