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Ibovespa passa de mais rentável a pior investimento de maio

31 mai 2016 - 19h35
(atualizado às 19h35)
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Cenário político conturbado fez do dólar e do euro as aplicações mais rentáveis do quinto mês do ano
Cenário político conturbado fez do dólar e do euro as aplicações mais rentáveis do quinto mês do ano
Foto: Gustavo Kahil / O Financista

Após ter emplacado como a aplicação mais rentável de abril, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo terminou maio na “lanterninha” do ranking de investimentos, com perda de 10,09%.

De acordo com Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, as turbulências que marcaram as primeiras semanas do governo interino do presidente Michel Temer (PMDB) e o ambiente externo foram determinantes para que o Ibovespa invertesse o avanço iniciado em fevereiro.

A ausência de um alivio no cenário político mesmo após o afastamento de Dilma Rousseff (PT)  fez com que a aversão ao risco prevalecesse no índice doméstico. Nesta terça-feira (31), o Ibovespa fechou em queda, pressionado pelas ações do Bradesco, que registraram forte recuo após a informação de que o presidente da instituição financeira, Luiz Carlos Trabuco, e outros dois executivos do banco foram indiciados no inquérito da Operação Zelotes. O Ibovespa caiu 0,83%, a 48.556 pontos.

Pereira destacou ainda o fato de o índice ter encerrado o mês abaixo dos 49 mil pontos, após superar os 53 mil pontos no mês anterior.

Segundo o analista da Guide Investimentos, o índice doméstico deve começar sexto mês do ano de olho nos acontecimentos do Congresso, em PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e em dados dos Estados Unidos e da China.

Na penúltima colocação do ranking do mês, o ouro apresentou baixa, em maio, de 1,89%, devido, principalmente, a queda do metal no exterior. Similar aos fundos cambiais continua uma opção conservadora para diversificação.

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, a indicação de que o aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve acontecer nos próximos meses – devido a melhora da economia norte-americana – e a iminente indicação de Donald Trump como candidato do partido republicano das eleições presidenciais dos Estados Unidos foram os principais assuntos do exterior no quinto mês do ano.

Por aqui, Colombo destacou a aprovação do impeachment de Dilma no Senado e seu afastamento por 180 dias, a posse de Temer como presidente interino, a indicação de um novo ministério e as novas medidas econômicas propostas pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles.   

“As dificuldades políticas do novo governo, após afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara de Deputados e as novas denúncias da operação Lava Jato, atingindo, diretamente, o novo ministério também estiveram no radar dos agentes em maio. Desse modo, tivemos recuo forte da bolsa e alta do dólar”, avalia Colombo.

Na outra ponta, o cenário político conturbado fez do dólar (+5,10%) e do euro (+2,16%) as aplicações mais rentáveis do quarto mês do ano

De olho em junho

Para o mês de junho, Colombo listou eventos nos quais o investidor deve estar atento: a evolução do debate em relação ao aumento da taxa de juros do Fed e suas consequências para a economia global, os dados de crescimento de China, Estados Unidos e Europa, os rumos da corrida presidencial norte-americana, além do nível de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e da indústria do Brasil.

“Os agentes também devem ficar de olho no novo governo, nas novas medidas econômicas, nos desdobramentos da Operação Lava Jato e seu alcance sobre o novo governo e no desenrolar do assunto sobre a nova presidência da Câmara de Deputados”, afirmou Colombo, destacando ainda a importância de avaliar a base de apoio do governo para emplacar medidas e os impactos da reação do PT e dos movimentos sociais contra o novo governo. “Em razão da queda forte do Ibovespa, em maio, a recomendação é de compra gradativa e parcial da carteira de ações”, completou.

Rendimento até 31 de maio
Posição Aplicação Variação (%)
1 Dólar +5,10
2 Euro +2,16
3 Títulos indexados ao IPCA +1,15 a +1,30 (indicativo, sem marcação a mercado)
4

Fundos de renda fixa

+1,00 a +1,15 (média)
5 Fundos DI +1,00 a +1,15 (média)
6 CDB +0,95 a +1,10 (média)
7

IGP-M

+0,82

8 IPCA +0,75 (estimativa mercado)
9

Poupança

+0,65 (líquido)

10 Ouro

-1,89 (mercado)

11 Ibovespa

-10,09 (mercado)

Fonte: Fabio Colombo, administrador de investimentos
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