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Comandantes das Forças Armadas pedem a Lula regra de transição em corte de gastos

Militares se reuniram com o presidente neste sábado, 30

30 nov 2024 - 22h31
(atualizado às 22h38)
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O comandante do Exército, general Tomás Miguel Paiva, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O comandante do Exército, general Tomás Miguel Paiva, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Foto: Estadão

O ministro da Defesa, José Múcio, e os três comandantes militares — general Tomás Paiva (Exército), almirante Marcos Olsen (Marinha) e brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) — se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado, 30, para discutir as propostas de corte de gastos do governo, que afetam diretamente as aposentadorias militares. A informação é da jornalista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de São Paulo.

A reunião ocorreu em meio às negociações sobre a implementação de uma nova regra que estabelece uma idade mínima de 55 anos para que membros das Forças Armadas possam ser transferidos para a reserva — o equivalente à aposentadoria dos militares. Esta é uma das quatro medidas que impactarão os aposentados e pensionistas das três Forças, conforme detalhado pelo Estadão.

De acordo com o jornal, as Forças Armadas estão buscando revisar sua parcela no corte de gastos, argumentando que medidas como a imposição de uma idade mínima para a reserva remunerada e o fim da 'morte ficta' (que garante pensão integral à família de militares expulsos) enfraquecem a relação entre os comandos e suas tropas, com uma economia mínima para o Tesouro.

O encontro também ocorre em um contexto delicado, com generais, coronéis e capitães sendo investigados por seu envolvimento no planejamento do golpe de Estado. Até o momento, 25 militares, incluindo seis generais, estão entre os 37 indiciados por um complô que visava assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Apesar da quantidade de militares indiciados, o relatório final da Polícia Federal também aponta que a conspiração para romper a ordem democrática não se concretizou porque a maioria do Alto Comando do Exército e dos comandantes do Exército e da Aeronáutica "não cederam a pressões golpistas" no ano de 2022.

Segundo as investigações, enquanto o comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier, e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, demonstraram adesão ao plano golpista, os comandantes do Exército, General Freire Gomes, e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, rejeitaram qualquer ação que resultasse na quebra da ordem democrática.

Fonte: Redação Terra
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