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Combustíveis: Abrava convoca protesto contra aumento

Para Wallace Landim, o Chorão, essa não é uma pauta apenas dos motoristas de caminhão, mas de toda população

10 mar 2022 - 19h03
(atualizado às 19h10)
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Frentista abastece veículo em posto de combustíveis em Brasília 07/03/2022
Frentista abastece veículo em posto de combustíveis em Brasília 07/03/2022
Foto: REUTERS/Adriano Machado

A alta de 25% no diesel causou indignação entre os caminhoneiros. Mas, desta vez, eles não querem brigar sozinhos para a redução dos custos. O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, afirma que essa não é uma pauta só dos caminhoneiros, mas de toda sociedade. "Como ocorreu em 2013, com as passagens de ônibus, chegou a hora de toda população protestar, pois isso vai acabar no bolso de todo consumidor."

Ele explica que se os aumentos forem repassados para o frete, todos os produtos vão encarecer nos supermercados, lojas e shoppings. Questionado sobre uma paralisação apenas dos caminhoneiros, ele diz que isso pode ocorrer de uma forma natural, mas não orquestrada. Ou seja, com o aumentos dos custos, muitas viagens pode ser tornar inviável economicamente. Ninguém vai trabalhar no prejuízo, diz ele.

"No segmento de transportes, o que sustenta um caminhão é o petróleo. Além do diesel, temos o pneu, lubrificantes, filtros (tudo vai ter reajuste). Como o motorista vai sobreviver." Chorão não acredita que as medidas que estão sendo propostas pelo governo serão suficientes para reverter a situação. "É tapar o sol com a peneira. É apenas um paliativo."

Ele defende que se coloque um fim ao preço de paridade de importação (PPI) adotado pela Petrobras e das privatizações das refinarias. "O que temos de ter em mente é que não parou por ai. Daqui a pouco vem mais 11% de reajuste."

Ontem, após 57 dias, a Petrobras anunciou aumento de 25% do diesel e de 19%, da gasolina. Com a escalada dos preços do petróleo por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, a estatal não conseguiu segurar os reajustes. Ainda assim, o preço no mercado interno está abaixo do avanço da commodity no mercado internacional.

Estadão
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