Começam a valer as novas regras do Pix; Veja o que mudou
Novas regras de segurança do Pix visam combater golpes e fraudes, limitando transações em aparelhos desconhecidos. Instituições financeiras terão que identificar transações estranhas e colocar avisos sobre os riscos para os clientes.
Desde 1º de novembro, o Pix tem novos mecanismos de segurança de transferências aprimorados. Entre as mudanças podemos destacar o combate a golpes e fraudes, valor diário de envio e atualização no regulamento do Pix para as instituições financeiras.
De que maneira essas novas regras evitam fraudes e golpes, beneficiando os usuários? "A nova regra é simples: pra transações via celular ou computador que o banco não conheça (ou seja, que o aparelho não esteja cadastrado), o limite agora é bem mais baixo – R$ 200 por operação e R$ 1.000 no dia. Com isso, fica mais difícil pra um golpista pegar o seu celular e, mesmo que ele consiga acessar sua conta, movimentar valores altos. E com essa trava, o banco ganha tempo para reverter as operações e devolver a grana pra quem foi vítima. Isso dá mais segurança pro cliente do banco", diz Raul Sena, educador financeiro e fundador da AUVP Capital, consultoria de investimentos.
E como as instituições financeiras deverão se adequar diante dessas novas regras?
"Os bancos vão precisar atuar mais ativamente contra os golpistas. Isso quer dizer que eles vão precisar melhorar o sistema de identificação de transações estranhas – aquelas que saem do padrão do cliente. Além disso, vão colocar avisos nas plataformas para alertar sobre os riscos e golpes mais comuns, e fazer uma espécie de checagem a cada seis meses pra ver se alguém está com a ficha suja no Banco Central. Dessa forma, quem já usou uma conta pra dar golpe pode ser identificado mais rápido", complementa Raul.
O Pix automático deve ser lançado só ano que vem, mas algumas instituições já devem implementar essa nova atualização. Essa nova ferramenta do Pix pode ser passível de fraude para os usuários?
"O Pix Automático, que é tipo um débito automático, pode sim ter um algum risco, como qualquer ferramenta nova de pagamento. Mas, a ideia é que ele fique mais seguro. Essa nova modalidade permite que o usuário autorize previamente algumas cobranças recorrentes via ïxX, assim como já acontece no débito automático. Uma dica é sempre ficar de olho nos lançamentos para manter tudo dentro do controle financeiro e evitar alguma surpresa indesejada."
O especialista dá ainda dicas essenciais para evitar cair no golpe do Pix. "A regra de ouro é desconfiar sempre. Nunca passe dados pessoais ou de alguma conta via telefone, mensagem ou redes sociais. Se alguém te pedir pra fazer um Pix, confirma a história antes… liga pra pessoa. Outra dica boa é cadastrar no banco os aparelhos que você usa e manter o limite de Pix mais baixo pra situações normais. Assim, se precisar liberar um valor maior, você controla no app na hora e evita problemas", finaliza ele.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.