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Comércio do Rio prevê perda de quase R$ 2 bi com Copa

Vendas estão sendo impactadas negativamente e um dos principais fatores é tirar o foco do consumo

17 jun 2014 - 13h47
(atualizado às 14h42)
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A Copa do Mundo será uma oportunidade para promover produtos, aumentar as vendas e o faturamento da empresa
A Copa do Mundo será uma oportunidade para promover produtos, aumentar as vendas e o faturamento da empresa
Foto: Cyril Hou/Shutterstock

O comércio do Rio de Janeiro vem enfrentando perda de faturamento com os jogos do Brasil na Copa do Mundo. Produtos verde e amarelo  que estão sendo procurados tiraram o foco do consumo de outras mercadorias. Com o fechamento antecipado de algumas lojas e outras que fecham durante o jogo e reabrem depois, se o Brasil chegar na finl, o comércio terá uma perda de quase R$ 2 bilhões, de acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro. 

Para o presidente da entidade, Aldo Gonçalves  a perda nas vendas, com o fechamento das lojas em dias de jogos do Brasil é muito grande. "O prefeito Eduardo Paes, decretou feriado na cidade em dias de jogos do Brasil a partir do meio-dia, mas fica a critério de cada lojista. Eles estão fechando os estabelecimentos uma ou duas horas antes. Nos shoppings, as lojas estão fechando em média 30 minutos antes da partida da seleção brasileira,  e reabrem depois, assim como os supermercados. O faturamento médio diário é R$ 370 milhões, e se o Brasil chegar a final, a perda será de R$ 1,9 bilhão", explicou.

Segundo Gonçalves, isso se dá porque "ninguém compra vestido ou carro novo, tudo está voltado para a Copa do Mundo". "Outro fator é a inflação, que corrói o salário do trabalhador e diminui o dinheiro para compra, além da falta de  segurança. Com essas manifestações, cria um ambiente de medo e insegurança. As pessoas ficam com medo de sair. Esses fatores têm prejudicado o comércio", disse.

De acordo com o presidente do sindicato, Gonçalves, o comércio do centro do Rio foi a parte mais afetada, devido as obras e engarrafamentos. Os produtos do Brasil que estão tendo saída, como bandeirinhas, camisetas e bonés, não têm volume para movimentar o comércio. 

"Os turistas compram estas mercadorias como lembranças. Infelizmente os preços no Brasil são mais altos do que no exterior e dificilmente  o turista vai comprar aqui com preço mais elevado, devido a carga tributária que é muito alta", afirmou. Ele acredita que a Copa deixe um legado positivo para a imagem do Brasil no exterior, já que teve um custo alto para o governo e para a sociedade brasileira.

A Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), no centro do Rio, disse que apesar do fechamento das lojas duas horas antes dos jogos do Brasil as vendas subiram bastante. De acordo com o presidente da Saara, Ênio Bittencourt o comércio está vendendo bem e atraindo muitos turistas.

"Nas duas últimas semanas o comércio na Saara incrementou bem. Subiu o número de vendas de material da Copa, de produtos do Brasil. Tem muito turista nacional e estrangeiro por aqui e para a Saara isto é muito bom, pois fica cada vez mais conhecida e o comércio cresce. Está tudo muito bem, e eu espero que tenha outra Copa aqui no Brasil", disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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