Comissão da Petrobras terá nove deputados e maioria governista
A Câmara dos Deputados definiu nesta terça-feira que a comissão externa criada para investigar denúncias contra a Petrobras terá nove integrantes. Serão cinco da base aliada e três representantes da oposição, além de um deputado da mesa diretora para coordenar os trabalhos.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o representante da mesa será o deputado Maurício Quintella (PR-AL), terceiro secretário da Casa. A comissão para investigar a Petrobras foi aprovada com a ajuda de um movimento de deputados governistas descontentes com a articulação política do governo Dilma Rousseff.
A ideia da comissão é buscar informações sobre uma investigação envolvendo a SBM Offshore na Holanda. Segundo denúncias de um ex-funcionário da companhia, US$ 250 milhões teriam sido desembolsados, entre 2005 e 2011, em propina, dos quais US$ 139 milhões teriam sido destinados a funcionários da Petrobras. No fim de 2013, a SBM Offshore, que tem contratos com a companhia brasileira para aluguel de plataformas, admitiu em uma nota a existência de investigação interna para apurar práticas impróprias supostamente cometidas por funcionários.
“Se fosse seguir rigorosamente o regimento teria que ter representantes de quase todos os partido, o que tornaria inviável os trabalhos da comissão”, disse Alves. A ideia da oposição, autora do requerimento que criou a comissão, era buscar dados sobre a Petrobras em uma primeira fase e depois viajar para a Holanda.
Na semana passada, senadores aprovaram a criação de uma comissão externa para acompanhar as investigações da Câmara.
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