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Comissão do Senado aprova Picchetti e Teixeira para diretoria do BC; indicações vão a plenário

Nomes foram indicados pelo governo Lula no mês passado; se aprovados, iniciam seus mandatos em 2024

28 nov 2023 - 12h34
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BRASÍLIA - Os dois indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria do Banco Central foram aprovados com folga nesta terça-feira, 28, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. As indicações seguem agora para o plenário da Casa.

O nome do economista Paulo Picchetti foi aprovado por 20 votos a 1, com 1 abstenção. Já a indicação do servidor de carreira do BC, Rodrigo Teixeira, foi aprovado por 22 votos a 1.

Se aprovado pelo plenário do Senado, Paulo Picchetti será diretor do órgão na vaga aberta com o término do mandato de Fernanda Guardado, que chefia a Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

Já Rodrigo Teixeira, se aprovado, ficará com a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, na vaga que hoje é ocupada por Maurício Moura. Guardado e Moura encerram seus mandatos em 31 de dezembro deste ano.

Picchetti destacou pontos da sua formação e agradeceu a indicação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Roberto Campos Neto. "Pretendo contribuir no BC com meu conhecimento da 'cozinha' das estatísticas econômicas", afirmou, ao citar sua atuação na Fundação Getulio Vargas (FGV).

Picchetti disse que a autonomia do BC foi uma decisão democrática que tem papel importante no desempenho do órgão.

"A literatura mostra que BCs independentes têm uma atuação superior na estabilidade financeira e na preservação do valor da moeda. Um BC independente não é um BC que não dialoga ou presta contas, pelo contrário. O BC toma decisões sem pressões externas, mas honrando essa concessão de autonomia e entregando os melhores resultados para o País", afirmou.

Rodrigo Teixeira que o tema de seu doutorado é a relação entre as políticas monetária e fiscal. "De forma direta, o déficit público impulsiona a demanda agregada da economia. Portanto, a política fiscal pode ser utilizada em momentos de crise, como foi a pandemia. Mas é claro que não se pode usar a política fiscal expansionista para impulsionar a economia em todos os momentos, porque pode criar pressões inflacionárias. E com isso a autoridade monetária precisará elevar a taxa de juros da economia", afirmou.

Há 21 anos no BC, Teixeira disse que deu sua palavra ao presidente do órgão, Roberto Campos Neto, e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que se empenhará na valorização da carreira do órgão, cujos servidores estão em operação-padrão. "Me coloco pessoalmente para conseguir a reestruturação da carreira e trazer a valorização do pessoal do BC como minha bandeira. Precisamos encontrar uma solução urgente para a questão dos servidores do BC", acrescentou.

Em resposta aos parlamentares, ele ainda considerou que o apoio à agricultura é um dos instrumentos para manter preços de alimentos baixos. Teixeira é funcionário de carreira do BC há 20 anos e trabalhou com o o ministro da Fazenda, Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo no cargo de secretário de gestão.

Estadão
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