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Comissários da JetBlue querem votar sobre sindicalização

Cerca de 4 mil comissários de bordo devem se juntar aos 2,6 mil pilotos da empresa que concordaram em ser representados pela Air Line Pilots Association

25 abr 2014 - 17h05
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JetBlue divulgou na quinta-feira prejuízo de US$ 4 milhões para o primeiro trimestre
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Os comissários de bordo da JetBlue Airways, importante cliente da fabricante brasileira de jatos Embraer, estão pressionando para uma votação sobre a sindicalização da categoria, marcando um segundo esforço sindical na companhia aérea após seus pilotos serem autorizados na terça-feira a aderir a um sindicato.

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Os comissários estão trabalhando com o Transport Workers Union (TWU) para assinar uma autorização que permitirá que realizem uma eleição sob as normas trabalhistas nacionais, informou o sindicato à Reuters. A JetBlue afirmou estar ciente da pressão dos comissários de bordo para poder se sindicalizar, mas acredita que o esforço ainda está em um estágio inicial.

Se o esforço vingar, cerca de 4 mil comissários de bordo da JetBlue se juntarão aos 2,6 mil pilotos da empresa que concordaram na terça-feira em ser representados pela Air Line Pilots Association, pondo fim a fama de não sindicalização da JetBlue. As ações da JetBlue, que caíram cerca de 4% na terça-feira após o anúncio de adesão dos pilotos ao sindicato, operavam em queda de 4,4% nesta sexta-feira a menos de meia hora do fechamento do pregão regular em Wall Street.

A JetBlue divulgou na quinta-feira prejuízo de US$ 4 milhões para o primeiro trimestre. O presidente-executivo da empresa, David Barger, disse que a companhia não vê mudança material em suas perspectivas financeiras como resultado da votação dos pilotos em favor da sindicalização. Os pilotos da JetBlue receberam recentemente um aumento de 20% nos salários, e o prazo para a negociação de um novo contrato de trabalho pode ser de 32 meses, acrescentou Barger.

Os comissários de bordo estão preocupados com perdas de empregos em um eventual processo de fusão, pagamentos que eles dizem estar no piso da indústria e regras de trabalho que consideram inconsistentes, disse o vice-presidente do TWU International, Thom McDaniel.

A porta-voz da JetBlue Jenny Dervin disse que os comissários de bordo são cobertos por regras garantindo indenização se a empresa mudar de dono, que os salários estão em linha com o do mercado e que regras de trabalho flexíveis são desenvolvidas com sugestões de um comitê que inclui atendentes de voo.

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