Como foi o desempenho do Brasil no IDH nos governos Bolsonaro, Lula e Dilma?
Governo do ex-presidente foi impactado pela covid-19; já mandatos de Lula e Dilma foram marcados pelo avanço em diferentes indicadores
Desde 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem avaliado a qualidade de vida em diversos países, levando em conta três critérios: renda, saúde e educação. O objetivo é ir além das métricas econômicas, como o Produto Interno Bruto (PIB), para avaliar o bem-estar das populações. As informações são do jornal O Globo.
De lá para cá, o Brasil teve um avanço significativo, passando de um IDH de 0,61 para 0,76 em 2022 (último dado disponível). Quanto mais próximo de 1, melhores são as condições de vida da população. Veja o comparativo do IDH ao fim de cada governo:
- Fernando Collor de Mello (1992) - 0,622
- Itamar Franco (1994) - 0,638
- FHC I (1998) - 0,666
- FHC II (2002) - 0,692
- Lula I( 2006) - 0,7
- Lula II (2010) - 0,723
- Dilma I (2014) - 0,754
- Dilma II (2016) - 0,755
- Michel Temer (2018) - 0,764
- Bolsonaro (2022) - 0,760
Durante o governo Jair Bolsonaro, o índice recuou, seguindo uma tendência observada em todo o mundo devido aos efeitos da pandemia de covid-19. O IDH do Brasil passou de 0,764 em 2018 para 0,760 no último ano da gestão Bolsonaro. Em 2019, antes da pandemia do coronavírus, era de 0,766.
O cenário foi um resultado direto de uma queda na expectativa de vida, que diminuiu de 75,3 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021. No ano seguinte, houve uma melhora na longevidade da população, para 73,4 anos, ainda abaixo do nível pré-pandemia.
Em governos anteriores, houve avanços significativos em diferentes indicadores. Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, o IDH registrou um avanço considerável, principalmente impulsionado pela melhoria na educação.
O aumento da frequência escolar devido à ampliação das vagas no ensino fundamental contribuiu para o aumento do IDH brasileiro. O indicador de anos de estudo esperados para as crianças passou de 13,2 anos para 14,7 anos. Atualmente, a educação básica está praticamente universalizada.
Os dois mandatos de Lula foram caracterizados pelo aumento da renda, que cresceu 26,17% de 2002 a 2010. Nos dois mandatos de Dilma Rousseff, entre 2011 e meados de 2016, ocorreu uma recessão em 2015 e 2016, levando a uma queda na renda. No entanto, na área da educação, houve melhorias, com os anos esperados de estudo aumentando de 13,9 para 15,4 anos.