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Como o investidor comum se protege de bomba como da Americanas?

Especialista explica como proteger suas ações caso ocorram casos parecidos no futuro

30 jan 2023 - 06h10
(atualizado às 09h41)
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Foto: Adobe Stock

O rombo de R$ 20 bilhões da Americanas pegou todo mundo de surpresa. A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial e informou que sua dívida real está na casa dos R$ 43 bilhões, além de possuir mais de 16 mil credores. Diante desse quadro, como o investidor comum pode se proteger?

Aqui vale observar que as ações da marca, que já chegaram a valer R$ 120, caíram para menos de R$ 1, e, segundo o fechamento do dia 20 de janeiro, seu valor de mercado despencou de R$ 10,83 bilhões, em 11 de janeiro,  para R$ 641 milhões, no final do mesmo mês. 

Isso obviamente trouxe uma enorme dor de cabeça para acionistas e debenturistas, ou seja, pessoas que investiram em títulos da dívida da companhia e que perderam muito dinheiro com esse caso.

A pergunta de todo investidor comum agora é: dá para evitar prejuízos caso exista um caso parecido na marca que que você inviste? 

Sim, existem maneiras de se proteger

Consultamos João Victorino, especialista em finanças pessoais e criador do A Hora do Dinheiro, e ele é categórico: existem sim maneiras de se resguardar para possíveis casos parecidos. E a primeira dica dele se resume a uma palavra: diversificação.  

“O princípio da diversificação é a melhor vacina para situações como essa, uma vez que, assim como o imunizante protege o organismo de doenças em suas formas mais severas, a diversificação impede que você tenha grandes prejuízos, pois não deixa que todos os seus recursos fiquem apenas em um lugar” recomenda ele.

Aqui é interessante observar que o princípio da diversificação de investimentos existe desde os anos 1950 e tem como meta que os ativos que compõem a sua carteira de investimentos tenham comportamentos diferentes entre si. 

“Se o investidor tem o seu dinheiro aplicado em um grupo de ativos de maneira equilibrada, de acordo com o seu momento de vida, objetivos e renda, eles, por possuírem diferentes características, vão servir para equilibrar o risco no eventual problema que um possa ter”, comenta Victorino. 

O que é preciso saber sobre a empresa

Então, afinal, o que é preciso saber da empresa antes de investir para não correr risco de prejuízos? De acordo com Victorino, para se proteger de possíveis fraudes futuras o investidor terá de se dedicar para aprender e estudar sobre o ativo que deseja colocar seu dinheiro. 

“É importante, antes de tudo, conhecer a análise de balanços contábeis, avaliar o mercado, entender sobre a capacidade técnica de honestidade dos gestores, entre outras coisas”, aconselha ele.

Também é muito importante que você entenda sobre os tipos de investimento e como eles podem ser feitos. 

“Por exemplo, existe a possibilidade de se investir indexando, ou seja, comprando um grande grupo de ações que representa um índice, tipo o Ibovespa, e neste caso, nos protegemos, porque temos todas as ações importantes em um fundo só. Fundos com baixa exposição a esses títulos, ou seja, com apenas uma pequena parte de seu capital investido nesses papéis de maior risco, vão ter perdas limitadas, por isso, diversifique”, explica o especialista.

Quem deve ser responsabilizado por perdas desse tipo?

Ainda segundo Victorino, os culpados por perdas como esta devem sim ser responsabilizados. 

“Donos, diretores, executivos e líderes de empresas devem ser cobrados pelos danos que causaram às famílias de trabalhadores, aos pequenos negócios e fornecedores que deles dependiam, todos que estiverem envolvidos nesse escândalo devem pagar, de acordo com sua parcela de responsabilidade, por todos os prejuízos que estão causando a milhares de pessoas”, finaliza ele.

Redação Dinheiro em Dia
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