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Como sobreviver ao cenário econômico brasileiro em 2023?

Mesmo em meio às crises, é importante valorizar a vocação empreendedora do brasileiro

21 nov 2022 - 02h00
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Foto: Adobe Stock

Existem diversos desafios que a economia brasileira precisa superar atualmente, e o principal deles é a desigualdade da distribuição de renda. Mas também há os pontos de cargas tributárias, a realização de uma reforma tributária bem debatida, inflação, alta dos combustíveis e o respeito ao teto de gastos.

Em ano eleitoral, esse cenário deu uma amenizada. A inflação vem sendo controlada, com a redução de impostos, por exemplo. O ICMS menor ajudou nos últimos meses com a redução dos valores de energia elétrica e de combustíveis. Alguns itens da cesta básica ainda pesam para o consumidor, o que também é um desafio, já que afeta milhões de brasileiros.

O problema é que o clima de campanha deve mudar no ano que vem e, assim, esses pontos serão grandes desafios para 2023, até porque muitas das medidas adotadas em 2022 não estão garantidas, como a redução de impostos vigentes. 

Além disso, as políticas públicas são incertas, já que os planos de governo dos principais candidatos são bem diferentes.

A população está politicamente dividida

Podemos ter um cenário de mais programas sociais e incentivos, como podemos continuar em um Brasil em que a privatização seja o caminho, assim como a redução de impostos. A população está dividida e só após as eleições essas expectativas serão traçadas e definidas de maneira mais clara.

Em um contexto incerto, é preciso ter alguns cuidados para resistir à crise, e existem três lados desse cenário: o do empreendedor, o do cidadão e o do governo.

O lado do empreendedor é sempre buscar inovação, já que isso impacta diretamente a gestão de negócios, podendo gerar aumento de receita e de produtividade, reduzir custos, criar uma diferenciação no mercado e promover uma melhor experiência para o cliente.

Já para o cidadão, é preciso buscar novas fontes de receita para garantir uma futura demanda existente e, assim, construir uma qualidade de vida na aposentadoria. Existem itens que chamam a atenção no ano de 2022. 

A oferta de crédito pelos bancos diminuiu, houve aumento da antecipação dos recebíveis, e o cidadão, de uma forma geral, após a reforma da previdência, está buscando previdências privadas. No último ano, a procura por elas aumentou em 11,02% segundo a FenaPrevi.

Do lado governamental a saída é buscar melhorar a eficiência da gestão, combatendo a corrupção, que é muito presente no país. Além disso, definir e cumprir as metas dos programas de governo apresentados é essencial.

O que ocorre lá fora vai refletir aqui dentro

Essas são algumas estratégias que podem ajudar a contornar a situação atual, observando o cenário interno do Brasil. Porém, devemos ter em mente que os parâmetros externos também influenciam nossa vivência, como a inesperada Guerra na Ucrânia. 

Ela afetou, por exemplo, a compra de fertilizantes, atingindo toda uma cadeia econômica. Esses pontos podem influenciar diretamente a economia brasileira. Porém, estando atento a essas dicas, é possível driblar a situação atual e atingir uma melhoria.

O mundo está mudando cada vez mais rápido, por isso é necessário que empreendedores se ressignifiquem, analisando de maneira constante o cenário em que estão inseridos. Assim, a partir do estudo da conjuntura, são definidas estratégias economicamente viáveis.

Claro que existem algumas práticas processuais que são importantes para as empresas, como: melhoria da produtividade do time, diversificação de formas de atendimento (com a pandemia, a procura por diversos tipos de atendimento em domicílio cresceu, por exemplo), investimento em plataformas digitais, para compra, venda e/ou atendimento.

O ponto favorável aqui é que o Brasil é um país resiliente. É importante destacar que alguns setores sobreviveram ou até mesmo foram impulsionados pelo cenário dos últimos anos. Mesmo em meio às crises, é importante seguir atento às oportunidades e sempre valorizar o potencial e a vocação empreendedora do brasileiro.

(*) Diogo Catão é CEO da Dome Ventures.

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