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Compras de até US$ 50 na Shein já estão isentas? Entenda como funciona

Shein foi certificada como participante do programa, mas ainda não realizou adequações de suas plataformas para ter isenção do imposto de importação

15 set 2023 - 15h18
(atualizado às 16h51)
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Shein
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Foto: NurPhoto pela Getty Images

A varejista de origem chinesa Shein foi certificada como participante do Programa Remessa Conforme na última quinta-feira, 14, mas ainda não mostra em suas plataformas a discriminação dos impostos cobrados, exigência para a efetiva aplicação dos benefícios do programa.

O Remessa Conforme prevê a isenção da alíquota de imposto de importação para compras de até US$ 50 (cerca de R$ 243) nas empresas participantes, que terão de cobrar os tributos de forma antecipada. Para as compras acima de US$ 50, o imposto incidente tem alíquota de 60%. A isenção não se estende ao ICMS cobrado pelos Estados, que tem alíquota uniforme de 17%, conforme definição do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Segundo a Receita Federal, a aplicação dos benefícios do programa depende, além da certificação, também da adequação dos sites das empresas às exigências do programa, que incluem informar o comprador de que a mercadoria será importada e está sujeita à tributação e discriminar os valores dos impostos cobrados na hora da compra.

No site da Receita, a situação da página da internet da Shein em relação ao Remessa Conforme aparece como "em implantação". Procurada, a Shein afirmou que "vem trabalhando arduamente nas alterações que se fazem necessárias, tanto no site quanto no app, e tem a expectativa de ter tudo operando nos próximos dias". A empresa não informou uma data para a adequação estar completa.

A Shein também informou que "vê o programa com bons olhos", que estará em diálogo constante com o governo para contribuir com o aprimoramento do programa e que vai continuar trabalhando para "fortalecer o setor de e-commerce no País e zelar pelos interesses dos consumidores brasileiros".

O Remessa Conforme estabelece tratamento aduaneiro mais célere e econômico para empresas de e-commerce porque, com o pagamento dos impostos feito de forma antecipada, a liberação das encomendas pode ocorrer antes mesmo da chegada ao País. Em contrapartida, a Receita intensificou a fiscalização sobre os demais volumes.

Além da Shein, AliExpress e Sinerlog já aderiram ao programa. Com a inclusão da Shein, segundo a Receita Federal, o grupo de empresas habilitadas no programa representa cerca de 67% do total de remessas enviadas ao Brasil de janeiro a julho de 2023, que totalizaram cerca de 123 milhões de volumes.

Estadão
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