Compras online aumentam no pós-pandemia; veja dados do estudo
Na América Latina, 65% dos entrevistados relatam comprar mais online do que antes da pandemia
As compras online aumentam no pós-pandemia – 54% dos entrevistados em 18 países relatam comprar mais itens online agora do que antes da pandemia de Covid-19. Na América Latina, esse número é de 65%.
Além disso, com 73% dos consumidores na América Latina destacando que consomem conteúdo digital para se informar sobre as compras planejadas com mais frequência do que antes da pandemia. Globalmente, 53% dos consumidores fazem o mesmo.
Os dados são do relatório Quatro Mudanças Fundamentais em Publicidade e Mídia, divulgado pela plataforma de software DoubleVerify. A nova edição do relatório analisa insights de mais de 16 mil consumidores globais.
O estudo revela as relações dinâmicas entre consumidores, conteúdo digital e publicidade. Veja algumas das principais conclusões do levantamento:
Consumo de conteúdo aumentou
De acordo com o levantamento, a desaceleração econômica impulsiona o consumo de conteúdo "fique em casa", principalmente pela televisão e mídia social. Globalmente, a maioria (55%) das pessoas gasta mais tempo consumindo conteúdo diariamente do que fazia antes da pandemia. Na América Latina, esse número representa 70%.
A atenção alimenta a eficácia da mídia – 66% dos entrevistados afirmaram que um anúncio que captura seu interesse nos primeiros cinco segundos os tornarão mais propensos a prestar atenção.
Desinformação preocupa consumidores
Os consumidores estão preocupados com a disseminação de informações erradas: 61% são menos propensos a comprar/usar uma marca novamente se a virem anunciada ao lado de informações erradas. Na América Latina, a porcentagem é de 68%.
A maioria dos entrevistados da pesquisa (82%) afirma ter sido exposta em algum momento a informações erradas nas mídias sociais. Já 69% valorizam as marcas que lutam ativamente contra a desinformação, e os mesmos 69% afirmam que empresas genuínas e autênticas chamam mais a atenção deles.
“Esse estudo destaca que os hábitos de consumo estão evoluindo em resposta às tendências macrossociais e econômicas – desde a intensificação das preocupações com conteúdo inflamatório ou polarizador, até uma mudança contínua nas plataformas e canais aos quais os consumidores estão recorrendo para o consumo de conteúdo”, comenta Mark Zagorski, CEO da DoubleVerify.
Inflação impacta os hábitos dos consumidores
A inflação é um fator-chave, com quase metade (45%) dos entrevistados apontando que o motivo pelo qual estão gastando mais tempo com conteúdo digital é o fato de estarem ficando mais em casa devido ao aumento do custo de vida.
Os serviços de televisão e streaming têm um impulso claro: 55% dos entrevistados se inscreveram em serviços adicionais nos últimos 12 meses. Na América Latina, essa porcentagem é de 72%. Enquanto isso, globalmente, 27% esperam passar mais tempo nas mídias sociais no próximo ano – chegando a 41% entre a população de 18 a 24 anos.
“Como mostra nossa pesquisa, com o aumento do consumo de conteúdo digital, há uma clara oportunidade de atrair a atenção do consumidor e melhorar o desempenho das campanhas. Para desbloquear essa oportunidade, as marcas devem evoluir suas estratégias de anúncios, atendendo seus públicos onde eles consomem conteúdo e focando em posicionamentos de anúncios contextualmente relevantes e atraentes que também protegem a suas reputações", complementa.
Com o aumento dos custos e do consumo de conteúdo digital, o conteúdo suportado por anúncios representa uma oportunidade crescente para os anunciantes, com 59% dos consumidores abertos a aplicativos de streaming de vídeo com anúncios se isso representar um custo menor.
Entenda o consumo de conteúdo e anúncios em plataformas
Os participantes da pesquisa relataram que acreditam ver de um a 50 anúncios por dia. As estimativas sugerem que a média real é de, pelo menos, 4 mil.
De acordo com os consumidores, o impacto do anúncio é determinado por onde ele aparece. O YouTube domina como a plataforma proprietária número 1 para atrair a atenção dos entrevistados em 15 dos 18 países pesquisados, seguido pelo Facebook (39%) e Instagram (28%).
Plataformas mais novas continuam a atrair tempo e engajamento do consumidor. O TikTok está crescendo rapidamente, e 43% dos jovens de 18 a 24 anos planejam passar mais tempo no aplicativo nos próximos 12 meses.
Tempo é essencial: 66% afirmam que são mais propensos a prestar atenção se um anúncio capturar seu interesse nos primeiros cinco segundos.